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Jovem acusada de matar e carbonizar corpos dos pais e irmão enfrenta novo júri, no ABC Paulista

Anaflávia Martins Gonçalves já havia pego 61 anos de prisão, mas MP recorreu e julgamento foi anulado

Três foram condenados pelos crimes
Romuyuki Veras Gonçalves, de 43 anos, Flaviana de Meneses Gonçalves, de 40, e do filho deles, o estudante Juan Victor Gonçalves, de 15, foram mortos e carbonizados (Reprodução/TV Globo)

A jovem Anaflávia Martins Gonçalves, acusada pelo assassinato dos pais e do irmão, em Santo André, no ABC Paulista, enfrenta um novo julgamento nesta terça-feira (27). Ela já havia sido condenada a 61 anos de prisão pelas mortes dos genitores, mas o Ministério Público recorreu, alegando que ela também deveria responder pelo homicídio de Juan Victor Gonçalves, de 15 anos. Sendo assim, o Tribunal de Justiça analisou o caso e anulou o primeiro júri.

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O novo julgamento começou na manhã de hoje no Fórum de Santo André. Ao todo, sete homens compõe o júri popular, sendo que estão previstas as oitivas de quatro testemunhas.

O crime ocorreu no dia 27 de janeiro de 2020. Os pais de Anaflávia, Romuyuki Veras Gonçalves, de 43 anos, e Flaviana de Meneses Gonçalves, de 40, além de Juan Victor, foram assassinados na casa em que moravam, em Santo André, com golpes na cabeça. Um vídeo mostrou quando cinco suspeitos entraram na residência para fazer um assalto e acabaram matando as vítimas.

Os corpos foram levados no carro da família até uma área de mata no município vizinho de São Bernardo do Campo, onde foram encontrados no dia seguinte, carbonizados. Segundo o Ministério Público, Anaflávia e a então namorada, Carina Ramos de Abreu, ajudaram Guilherme Ramos da Silva e os irmãos Juliano e Jonathan Ramos, a entrarem na residência da família.

Conforme as investigações, o grupo queria roubar R$ 85 mil que estariam em um cofre, mas como não encontraram o dinheiro, decidiram levar pertences das vítimas e matá-las.

Os cinco foram presos e julgados por roubo, homicídio doloso qualificado (por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou as defesas das vítimas), ocultação de cadáver e associação criminosa. No entanto, Anaflávia pegou pena apenas pelas mortes dos pais, o que fez o MP recorrer e o julgamento dela ser anulado.

Conforme a promotora Manuela Schreiber Silva e Sousa, Anaflávia se uniu com as outras quatro pessoas para assaltar, assassinar e por fogo no casal e no irmão e deverá ser condenada por todos os crimes.

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A defesa da jovem não foi encontrada para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.

Outro rapaz também foi condenado
Anaflávia Martins Gonçalves (à esquerda) e a então namorada, Carina Ramos (Reprodução/Instagram)

Condenações

No julgamento em que Anaflávia foi condenada pela primeira vez, também foram penalizados Carina e Guilherme, sendo que as sentenças deles seguem mantidas. Já em agosto de 2023, os irmãos Juliano e Jonathan também foram a júri popular e acabaram condenados.

Veja abaixo as sentenças de cada um deles:

  • Carina Ramos de Abreu: 74 anos, 7 meses e 10 dias de reclusão, em regime inicial fechado;
  • Guilherme Ramos da Silva: 56 anos, 2 meses e 20 dias de reclusão, em regime inicial fechado;
  • Juliano Oliveira Ramos Júnior: 65 anos, 5 meses e 10 dias de reclusão em regime inicial fechado;
  • Jonathan Ramos: 56 anos, 2 meses e 20 dias de reclusão em regime fechado
Vítimas foram encontradas carbonizadas dentro do carro da família, em São Bernardo do Campo Reprodução/Band TV

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