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Enterrada em sítio: empresário conheceu menor em app de relacionamento um ano antes de sumiço

Giovana Almeida, 16, desapareceu em dezembro de 2023 após entrevista de emprego; dupla foi detida

Dois homens foram presos, mas soltos após pagamento de fiança
Giovana Pereira Caetano de Almeida, de 16 anos, estava desaparecida desde dezembro de 2023; ossada foi achada enterrada em sítio em Nova Granada, no interior de SP (Reprodução/Redes sociais)

O empresário Gleison Luís Menegildo, que confessou ter enterrado o corpo da adolescente Giovana Pereira Caetano de Almeida, de 16 anos, em um sítio na cidade de Nova Granada, no interior de São Paulo, contou a polícia que a conheceu por meio de um aplicativo de relacionamento. As conversas começaram um ano antes da garota desaparecer, em dezembro de 2023. Apesar de assumir a ocultação do cadáver, o homem alega que ela morreu após uma overdose de drogas.

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O investigador Ericson Salles contou, em entrevista à TV TEM, afiliada da TV Globo, que o empresário alegou que chegou a sair com a garota assim que a conheceu, mas que não manteve muito contato depois disso. “Cerca de sete meses depois, no fim do ano [2023], a jovem teria pedido um emprego para ele. Por isso, ele falou: ‘traga seu currículo aqui que nós vamos analisar’. E foi aí que teve um novo encontro com ela, na empresa dele, em São José do Rio Preto”, relatou.

Foi nessa entrevista de emprego, realizada no dia 21 de dezembro do ano passado, que Giovana começou a fazer uso de entorpecentes, segundo afirmou Gleison. O homem disse que ela fumou um cigarro de maconha e que a deixou no local enquanto buscava cervejas. Quando retornou, ela estava aos beijos com um funcionário. Logo depois, a garota teria passado mal e eles perceberam um recipiente de remédio, em cima de uma mesa, que continha cocaína. A dupla teria tentado socorrer a menor, mas se desesperou ao perceber que ela estava morta.

“O empresário disse que, em um primeiro momento, em um ato de desespero, ele teria colocado o corpo dela na caminhonete e ido até o distrito de Macaúba, em Mirassolândia (SP). Ele ia colocar o corpo em um rio que existe na região, mas resolveu depois vir até Nova Granada, na propriedade rural dele, que é arrendada há dois anos. Pediu para o caseiro providenciar uma vala, pois ele teria algo para enterrar. Foi onde depositou o corpo lá e o caseiro fechou com a terra, e por lá permaneceu o corpo”, destalhou o investigador.

O caso era investigado desde o desaparecimento de Giovana e, na última terça-feira (27), a Polícia Militar recebeu uma denúncia sobre um corpo enterrado no sítio. Lá, os agentes abordaram o caseiro Cleber Danilo Partezani, que acabou confessando que ajudou Gleison a ocultar o cadáver e indicou onde a ossada estava.

O empresário e o caseiro foram presos, mas pagaram fiança de R$ 22 mil e foram liberados. Além da ocultação do cadáver, eles deverão responder por posse ilegal de arma, já que foram apreendidos dois revólveres no sítio.

No primeiro depoimento, o empresário chegou a dizer que ele e o funcionário mantiveram relações sexuais com a vítima antes da morte. Porém, após a repercussão do caso, a defesa deles negou essa informação. Os advogados argumentam que Giovana morreu em função de uma “overdose”, que será confirmada pelo laudo necroscópico.

O caso segue em investigação, com a oitiva de testemunhas e outros funcionários de Gleison previstas para os próximos dias. A polícia também aguarda os resultados dos laudos do Instituto Médico Legal (IML) sobre as causas da morte da adolescente.

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