A Justiça de São Paulo vai interrogar seis réus acusados pelo sequestro do ex-jogador Marcelinho Carioca e da amiga dele, Taís Alcântara de Oliveira, em dezembro do ano passado. A sessão está marcada para a tarde desta sexta-feira (30) na 2ª Vara Criminal do Fórum de Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo. O sétimo réu, que foi o último a ser detido, só deverá ser ouvido em setembro.
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O juiz Sérgio Cedano vai conduzir os interrogatórios, por meio de videoconferência, dos seguintes réus: Eliane de Amorim, Thauannata dos Santos, Wadson Fernandes Santos, Jones Santos Ferreira e Caio Pereira da Silva. Já Matheus Eduardo Candido Costa, que foi o último a ser preso pela Divisão Antissequestro (DAS), só deverá ser ouvido no dia 13 de setembro.
No total, a polícia diz que 10 pessoas participaram do sequestro. Destas, sete estão presas preventivamente, uma temporariamente e duas ainda são procuradas. A Justiça tornou sete delas rés pelos crimes de associação criminosa, receptação, roubo, extorsão mediante sequestro e lavagem de dinheiro.
O julgamento dos réus começou no último dia 2 de agosto. Na sessão, foram ouvidas as vítimas e as testemunhas, além das defesas e acusação do caso. Como o crime de sequestro é considerado doloso contra a vida, será o juiz quem vai definir sobre a condenação ou não dos acusados ao final das sessões.
As defesas dos acusados não foram encontradas para comentar sobre o julgamento até a publicação desta reportagem.
Relembre o caso
Marcelinho Carioca desapareceu no dia 17 de dezembro de 2023, quando saiu do estádio Itaquerão após o show do cantor Thiaguinho. No dia seguinte, a Polícia Militar encontrou o carro dele abandonado em Itaquaquecetuba, que fica na Região Metropolitana da Capital.
O caso passou a ser apurado e a DAS foi acionada para ajudar nas investigações. Nesse meio tempo, o ex-jogador apareceu em um vídeo, ao lado da amiga, no qual disse que tinha se envolvido com uma mulher casada. Ela também confirmou a versão dele na gravação.
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Porém, horas depois, Marcelinho e a mulher foram encontrados onde eram mantidos reféns pela Polícia Militar. Na delegacia, ele disse que os sequestradores queriam dinheiro. “Eles pediram a senha do meu telefone. E aí você pensa nos seus filhos, na sua família”, disse ele. “Não é fácil você ter um revólver apontado para você a todo momento”, acrescentou.
Ele acredita que não foi reconhecido de forma imediata pelos sequestradores. “O carro era filmado. Provavelmente eles não sabiam [quem eu era]. Eles viram um carro daquele porte, próximo da comunidade e chegaram para me abordar”, disse.
O ex-jogador e ídolo do Corinthians chorou ao relembrar que foi mantido refém e negou que tivesse qualquer relação amorosa com a amiga. Ele ressaltou que teria sido forçado pelos sequestradores a fazer tal afirmação. Ele ainda criticou a cobertura da imprensa, dizendo que muitas inverdades foram publicadas.
Depois da soltura, a amiga também gravou um vídeo, ao lado do ex-marido, garantido que não tinha nenhum relacionamento amoroso com o ex-jogador. “Eu não tenho nenhum relacionamento com o Marcelinho. Nunca tive. A nossa relação é de amizade mesmo. Eu estou separada do Márcio. A gente mora em casas separadas, não estamos convivendo, apesar que ainda não saiu o divórcio. A gente continua ainda casados no papel”, explicou Tais, em entrevista ao site G1.