Um levantamento de dados realizado pelo G1 mostrou que o estado de São Paulo aplicou 68% das doses de imunizantes contra Mpox recebidos. Conforme a reportagem, os dados foram levantados junto das secretarias estaduais de Saúde e superintendências de Vigilância.
Segundo levantamento, São Paulo recebeu 8110 doses da vacina, sendo que 5510 foram aplicadas. A campanha de imunização contra a doença teve início em março de 2023, sendo que o foco principal foi o chamado “grupo de risco”.
Desta forma, pessoas que vivem com HIV/aids (PVHA), profissionais que atuam em locais de exposição ao vírus e pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas com suspeita de infecção pela doença, foram vacinadas. Após a etapa inicial da vacinação, o grupo de aplicação foi modificado e passou a incluir pessoas que utilizam a Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP), em caso de doses disponíveis.
Apesar de não ter aplicado a totalidade das doses recebidas, o secretário estadual de Saúde de São Paulo, Eleuses Paiva, informou à reportagem que SP não tem mais estoque de vacinas contra a doença, mas não confirmou se isso ocorreu em decorrência de “perdas técnicas”.
Vacinação em massa não é recomendada
Mesmo com a Mpox sendo considerada uma emergência sanitária global, a vacinação contra a doença não requer um esquema de vacinação em massa. Para tal, a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de que apenas indivíduos em risco devem ser vacinados.
Ainda diante dessa orientação, o Brasil é considerado um país com baixo risco para a doença. Desta forma, a imunização é focada apenas nos grupos considerados prioritários.
Mesmo com um esquema vacinal direcionado, a diretriz de imunização não é única e permanece sujeita a alterações conforme o acompanhamento para o desenvolvimento da doença é realizado. Desta forma, o atual esquema de imunização para Mpox pode ser revisto e alterado em caso de necessidade.