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Rifas virtuais: Nego Di é denunciado por estelionato, lavagem de dinheiro e uso de documento falso

Esposa do influenciador também foi denunciada pelos mesmos crimes; polícia diz que casal obteve cerca de R$ 2,5 milhões com atos ilícitos

O humorista e influenciador digital Dilson Alves da Silva Neto, mais conhecido como Nego Di, foi denunciado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) por estelionato, lavagem de dinheiro e uso de documento falso. A esposa dele, Gabriela Sousa, também foi denunciada na ação, já que eles são investigados pela realização de rifas virtuais ilegais nas quais teriam obtido cerca de R$ 2,5 milhões.

Nego Di e Gabriela foram alvos de uma operação deflagrada no último dia 12 de julho, quando tiveram dois veículos de luxo apreendidos. Na casa deles, os policiais também recolheram uma arma de uso restrito das Forças Armadas, sem registro. Agora, a denúncia foi enviada à Justiça, que vai decidir se torna ou não a dupla ré no caso.

Segundo o MP-RS, Nego Di e a esposa receberam o dinheiro referente de mais de 300 mil transferências bancárias, realizadas entre novembro de 2022 e maio de 2024, pagos por conta de rifas virtuais ilegais. Uma delas tinha como prêmio um Porsche e R$ 150 mil em dinheiro, sendo que eles nunca foram entregues. A Promotoria diz que o humorista adquiriu o número premiado e depois transferiu o veículo para terceiros.

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Sobre o documento falso, a denúncia afirma que Nego Di apresentou um comprovante de transferência no valor de R$ 1 milhão, que teriam sido doados às vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul, mas, na verdade, o valor repassado foi de apenas R$ 100.

Ao site G1, as advogadas do casal, Tatiana Borsa e Camila Kersch, disseram que a defesa “provará a inocência dos representados munida de provas que comprovam a licitude de seus bens, a realização de parte da doação por troca de cachê de publicidade e movimentação financeira lícita”.

Seus bens apreendidos foram adquiridos de forma lícita, comprovando que sua renda é compatível com seu patrimônio. Ainda, em que pese o requerimento por parte do Ministério Público de alienação antecipada dos bens, tal decisão foi suspensa a pedido da Defesa”, ressaltou a defesa.

Preso em outra operação

Nego Di foi preso preventivamente em Florianópolis, em Santa Catarina, em julho passado, por causa de outra operação policial que apurou um esquema de venda de produtos por uma loja virtual, que não foram entregues. Ele segue na Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan), na Região Metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, após ter pedidos de liberdade negados pela Justiça.

Nesse caso, o MP o acusou de cometer o crime de estelionato qualificado por meio de fraude eletrônica, por vender produtos e não entregá-los. A Justiça acatou e o tornou réu. O sócio do influenciador também foi acusado e preso.

Nego Di ganhou fama nacional após participar do reality show “Big Brother Brasil”, da TV Globo, em 2021. Integrante do grupo Camarote, ele foi o terceiro eliminado do programa com alta rejeição, obtendo 98,76% dos votos.

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