O piloto Pedro Rodrigues Parente Neto, de 37 anos, conhecido como Pedro Buta, que despareceu no dia 1° de setembro ao realizar um voo para a Venezuela, teria se envolvido em um acidente aéreo em maio deste ano. De acordo com informações do O Globo, as causas do acidente ainda não foram esclarecidas pela polícia.
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Segundo a reportagem, o caso aconteceu no dia 20 de maio deste ano. Ele teria realizado um pouso de emergência no rio Tarauacá, no Acre. Ao registrar o caso junto à polícia, Pedro contou ter sido contratado por Wesley Evangelista de Olinda para fazer um voo que iria do Espírito Santo ao Amazonas, e afirmou suspeitar de um esquema de sabotagem contra ele. Os homens teriam se conhecido em um grupo de WhatsApp sobre aviação.
Em seu depoimento, Pedro contou que escolheu a rota que passava pelo Acre por já conhecer o trajeto, incluindo os pontos de abastecimento. Durante a investigação, a polícia descobriu que Wesley havia sido preso em 2019 por tráfico internacional de drogas, e chegou a ser conhecido por chefiar uma organização criminosa, informações que Pedro afirmou desconhecer e confirmou que o avião utilizado estava regularizado.
Suspeita de sabotagem
Durante as investigações alguns pontos levaram o piloto a relatar suspeitas de sabotagem no caso do acidente aéreo registrado em 20 de maio. Ao que tudo indica, uma terceira pessoa estava na aeronave acidentada, que tinha capacidade para apenas 2 tripulantes.
Um outro piloto, identificado como Genésio Rodrigues de Olinda, estava presente na aeronave. Aos agentes, Pedro afirmou desconhecer a terceira pessoa envolvida no caso e disse que poderia ser um pescador que estava no rio quando o pouso de emergência aconteceu.
A suspeita de sabotagem foi levantada depois que Pedro afirmou estar movendo um processo contra uma empresa de táxi aéreo no Norte do país. Segundo informações de Pedro, o dono da empresa permitia que os funcionários trabalhassem em condições deploráveis, sendo obrigados a transportar um número maior de pessoas do que o suportado pelos aviões.
Até o momento não foram reveladas novas informações sobre o desaparecimento de Pedro, que deveria realizar um serviço para um empresário brasileiro do ramo da mineração. O avião, pilotado por ele, saiu dos radares na fronteira com a Venezuela.