A intercambista brasileira Claudia de Albuquerque Celada, de 23 anos, desenvolveu uma doença com potencial neuroparalítico durante o período de seu intercâmbio em Aspen, nos EUA. Conforme reportagem do O Globo, a jovem foi diagnosticada com botulismo após contrair a bactéria Clostridium botulinum após consumir uma sopa industrializada contaminada. Após mais de 60 dias internada, ela apresenta evoluções em seu quadro e já voltou a conseguir escrever o próprio nome.
Cacau, como é conhecida pela família e amigos, precisou ser internada em um hospital americano, onde ficou mais de 60 dias até conseguir uma transferência para o Brasil em ambulância aérea.
A internação foi realizada no dia 17 de fevereiro de 2024 quando ela chegou à unidade de saúde apresentando um quadro de falta de ar, tontura e visão turva. Pouco tempo depois ela começou a apresentar as paralisações características da doença e teve uma demora no diagnóstico devido a sua raridade.
De acordo com Malu Brito, amiga de infância de Cacau, os médicos levaram 15 dias para fechar o diagnóstico visto que muitos deles nunca tinham lidado com um caso de botulismo ao longo de suas carreiras.
Internação e transferência
A irmã da jovem, Luisa Albuquerque Celada, revelou que a possibilidade de transferência de Cacau para o Brasil foi confirmada somente no dia 15 de abril. O pedido foi feito pela família visto que nos EUA não existe saúde pública gratuita e a conta do hospital já ultrapassava os R$10 milhões. O seguro saúde da jovem cobriu apenas R$100 mil dos gastos registrados para o tratamento.
A família pensou em organizar uma vaquinha online para custear o transporte de Cacau para o Brasil, mas o hospital decidiu custear o transporte. Apesar da complexidade do caso, os médicos estão confiantes de que ela poderá ter uma recuperação completa, visto que já conseguiu voltar a escrever o próprio nome sozinha e a passar aproximadamente 1 hora respirando sem o auxílio do respirador.