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Deolane segue em cela reservada de presídio em PE; local também abriga as ‘Canibais de Garanhuns’

Investigada por lavagem de dinheiro e jogos ilegais, ela foi presa após descumprir medidas cautelares

Famosa é investigada por suspeita de lavagem de dinheiro e jogos ilegais
Deolane Bezerra está no mesmo presídio em que as 'Canibais de Garanhus' cumprem penas, em Pernambuco (Reprodução/Instagram/G1)

A influenciadora, empresária e advogada Deolane Bezerra, investigada por suspeita de ligação com um esquema de jogos ilegais e lavagem de dinheiro, segue em uma cela reservada da Colônia Penal Feminina de Buíque, localizada no Agreste de Pernambuco, nesta quarta-feira (11). Ela teve a prisão domiciliar revogada após descumprir medidas cautelares. O local onde a famosa está agora é o mesmo que abriga as “Canibais de Garanhuns”, que são duas mulheres condenadas por matar pessoas e usar carne das vítimas na produção de salgados (relembre o caso abaixo).

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De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização de Pernambuco (SEAP/PE), Deolane segue separada das demais presas para “resguardar sua integridade física”, já que a detenção dela se trata de “um caso de repercussão”.

Por se tratar de um caso de repercussão, ela está em uma cela reservada para resguardar a sua integridade física. Deolane teve a prisão preventiva decretada por descumprimento de medidas cautelares impostas pela justiça para a concessão de sua prisão domiciliar. Por questão de segurança e em razão do processo tramitar em segredo de justiça, mais informações não poderão ser repassadas”, destacou a SEAP/PE.

Deolane foi presa durante a “Operação Integration”, deflagrada no último dia 4 de setembro. Inicialmente ela foi levada para a Colônia Penal Feminina do Recife, juntamente com sua mãe, Solange Alves Bezerra Santos. Na última segunda-feira (9), a influencer conseguiu um habeas corpus e deixou o local usando uma tornozeleira eletrônica para cumprir prisão domiciliar. Já a genitora seguiu no local.

Porém, ao ser liberada, a Justiça determinou uma série de medidas cautelares, entre elas que Deolane não podia falar com a imprensa ou fazer postagens nas redes sociais. Logo ao deixar o presídio, ela falou com fãs e repórteres que se aglomeravam no local.

“Foi uma prisão criminosa, cheia de abuso de autoridade por parte do delegado. Eu não posso falar sobre o processo. Eu fui calada”, falou a empresária na ocasião. Em seguida, pessoas a carregaram nos braços até o carro que a aguardava.

Em outra ocasião, ela se manifestou nas redes sociais ao publicar uma imagem com a boca “tampada por uma fita” e com a legenda “Carta Aberta”.

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Assim, a Justiça entendeu que ela descumpriu as regras. Na terça-feira (10), quando foi ao Fórum Rodolfo Aureliano para assinar os termos da prisão domiciliar, Deolane foi informada que teve a liberdade revogada e seria novamente presa.

A influencer deve passar por uma nova audiência de custódia nesta quarta-feira, segundo informou um dos advogados dela, Rogério Nunes.

Deolane é suspeita de abrir uma empresa de apostas, com capital de R$ 30 milhões, para lavar dinheiro de jogos ilegais. Por conta das investigações, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 20 milhões de Deolane e de R$ 14 milhões da empresa dela. Já Solange teve R$ 3 milhões das contas bloqueados. Em uma nova carta aberta, a famosa reafirmou ser “inocente” (veja mais detalhes abaixo).

Ela segue presa suspeita de ligação com jogos ilegais e lavagem de dinheiro
Deolane Bezerra divulgou carta aberta, na qual reafirma ser inocente (Reprodução/Instagram)

‘Canibais de Garanhuns’

A Colônia Penal Feminina de Buíque também abriga outras presas famosas. Se tratam de Isabel Cristina Torreão Pires e Bruna Cristina Oliveira da Silva, que ficaram conhecidas como as “Canibais de Garanhus”.

Conforme a acusação, a dupla formava um triângulo amoroso com Jorge Negromonte da Silveira e, em 2012, eles foram presos depois que a polícia encontrou restos mortais de duas mulheres no quintal da casa em que eles viviam, em Garanhus.

Os agentes chegaram até os três suspeitos depois que eles usaram o cartão de crédito de uma das vítimas em uma loja da cidade. A investigação descobriu Isabel, Bruna e Jorge mataram as duas mulheres, mantiveram seus corpos no quintal e usaram a carne delas para rechear salgados, que eram vendidos depois.

A polícia disse que eles também faziam o consumo da carne humana e que participavam de uma seita, chamada Cartel, que pregava a purificação do mundo e a diminuição populacional. Eles alegaram que escolheram as vítimas pelo fato de serem mães solteiras.

O trio foi julgado e condenado em júri popular em 2018, sendo que Jorge e Bruna Cristina foram condenados a 71 anos de prisão. Já Isabel pegou 68 anos.

As duas mulheres cumprem pena no mesmo presídio em que está Deolane. Já o homem segue na Penitenciária Barreto Campelo, em Itamaracá.

Trio segue preso
Jorge, Isabel e Bruna durante julgamento; eles foram condenados por matar mulheres e usar carne humana para rechear salgados (Reprodução/G1)

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