O estado de São Paulo sofre com o alto calor provocado pela ‘bolha’ que está estacionada sobre o centro-sul do país, provocando temperaturas extremas, mas outro componente está afetando a saúde da população nas maiores cidades, principalmente na Capital: a fumaça das queimadas está se misturando à poluição, formando uma névoa pesada e tóxica.
O clima não deve mudar nos próximos dias, mas a chegada de uma frente fria no final de semana deve, segundo os meteorologistas, trazer chuva suficiente para lavar a atmosfera e especialistas alertam que o estado sofrerá com o fenômeno da “chuva negra”.
A chuva negra ocorre quando é fruto da mistura da fuligem das queimadas com as gotas da água, resultado em uma precipitação carregada de elementos e de cor escura. O fenômeno em si não tem qualquer impacto sobre as pessoas e animais, muito pelo contrário, ajuda a limpar o ar carregado que pode provocar problemas respiratórios.
O problema, segundo os especialistas, é que os detritos finos retirados do ar pela chuva são carregados pelo solo e acaba contaminando os mananciais.
Chuva ácida
A hipótese de chuva ácida foi descartada, apesar da chuva negra ser rica em compostos de nitrogênio e oxigênio. Os compostos poderiam acidificar a água, mas como se trata de um evento esporádico, e não de efeito prolongado, não deve acarretar maiores problemas para os cidadãos.