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Nas redes, Marçal compara cadeirada a atentados a Bolsonaro e Trump

Na legenda de montagem, ele perguntou: “Por que todo esse ódio?”

Reprodução/Instagram
Motagem dos três episódios feito na rede alternativa de Marçal Reprodução/Instagram

Em sua rede social alternativa – suas redes oficiais continuam bloqueadas pela Justiça Eleitoral – Pablo Marçal (PRTB) publicou na madrugada desta segunda (16) uma montagem que compara a cadeirada que levou na noite deste domingo (15) de José Luiz Datena (PSDB) durante debate na TV Cultura ao tiro de raspão na orelha que o candidato republicano Donald Trump levou neste ano e à facada desferida contra Jair Bolsonaro, na campanha para a presidência em 2018. Na legenda, perguntou: “Por que todo esse ódio?”.

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Marçal foi medicado e passou por exames. Segundo a assessoria, a agenda de campanha para esta segunda-feira foi cancelada devido ao “lamentável incidente”. O candidato não tem previsão de alta, ainda segundo a assessoria. Segundo vídeo também publicado na conta alternativa, um profissional médico diz que o candidato do PRTB “fraturou uma costela”. Segundo sua assessoria, ele também sente “dores nas mãos”.

Um advogado de Marçal seguiu até o 78º DP registrar Boletim de Ocorrência contra José Luiz Datena (PSDB). “Esperamos que as medidas judiciais cabíveis sejam tomadas”, disse a equipe do candidato do PRTB.

Defesas

Datena foi expulso do debate, também por usar palavras de baixo calão, e Marçal seria punido pela organização do programa, mas pediu para se retirar e ir para o hospital, alegando estar passando mal e com “fortes dores na região torácica e muita dificuldade para respirar”.

Logo após o fato, o tucano disse que não deveria ter agredido o adversário, mas que não se arrepende, “claro que não”, pois estava sendo acusado de uma mentira que fez sua família sofrer muito.

Alegou ainda que sua sogra morreu vítima de um AVC devido à crise familiar provocada pelo episódio – em 2019, uma ex-repórter do Brasil Urgente disse ao site do Notícias da TV que fora assediada por Datena durante uma festa da TV Bandeirantes no ano anterior; o apresentador disse neste domingo que a polícia e o Ministério Público investigaram o caso, não encontraram provas, e que a denunciante se retratou em cartório.

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A agressão

A agressão aconteceu depois que Marçal perguntou ao apresentador quando ele pararia com a “palhaçada” e desistiria da candidatura. Chamou Datena de “Dapena”. Antes, ele havia acusado Datena do assédio.

“A gente quer saber que horas você vai parar, já abandonou entrevista chorando. Você que é um cara que só fala quando tem uma televisãozinha escrevendo ali. Que horas o Datena vai parar com essa palhaçada que ele tá fazendo aqui?”, disse.

Datena reagiu afirmando que Marçal estava fazendo acusações e calúnias contra ele. O apresentador chamou Marçal de “bandidinho”.

“A acusação que você fez sobre mim eu já, repito, não foi investigada porque não havia provas. Foi arquivada pelo Ministério Público”, disse. “O que você fez comigo hoje foi terrível. Espero que Deus lhe perdoe. Você me pediu perdão anteontem. Eu te perdoei.”

Na réplica, Marçal disse que Datena não sabia o que estava fazendo no debate e o chamou de “arregão”. Ele disse que Datena queria agredi-lo no debate da TV Gazeta, em 8 de setembro – na ocasião, o tucano abandonou o púlpito e foi em direção a Marçal, com os punhos cerrados, mas recuou.

“Você não respondeu à pergunta. A gente quer saber. Você é um arregão. Você atravessou o debate esses dias para me dar tapa e falou que você queria ter feito. Você não é homem nem para fazer isso. Você não é homem,” afirmou Marçal.

Na sequência, Datena agrediu Pablo Marçal com uma cadeira.

Na saída dos estúdios, o tucano estava visivelmente nervoso. “Eu não escolho momento da emoção. Eu sou um cara de verdade. Eu lembrei da minha sogra morrendo ali nos braços da minha mulher e depois de passar por tudo aquilo que eu passei e trabalhando todo dia na televisão me defendendo no foro adequado, com processo arquivado no foro adequado, foram os piores momentos que passei da minha vida”, disse.

“E tenho certeza que minha sogra morreu por causa disso, porque foi em um momento que ela ouviu que havia esse processo e ela teve o primeiro AVC logo em seguida. Eu senti tudo isso voltar na minha cabeça e, na verdade, eu não pude me conter. Tô errado? Tô. Mas fazer o que? Já foi”, afirmou.

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