O ex-BBB Felipe Prior, que recentemente foi condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) pelo crime de estupro, virou réu em um novo processo por crime sexual. Segundo a denúncia do Ministério Público (MP), a vítima foi forçada a fazer sexo com ele em uma barraca, na cidade de Votuporanga, no interior paulista, em fevereiro de 2015.
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“No dia dos fatos, o acusado passou a beijar e a passar as mãos pelo corpo da vítima quando estavam na piscina, na presença de outras pessoas, o que deixou a ofendida constrangida, de modo que saíram dali e foram para uma barraca”, destacou a denúncia do MP.
“Na barraca onde a vítima dormia, sendo que a vítima estava de biquíni e o acusado de sunga, este foi rapidamente tirando sua roupa e forçou a cabeça da ofendida contra seu pênis para que ela fizesse sexo oral, sendo que o pênis do acusado chegou a tocar na boca da vítima. A vítima imediatamente falou que não queria e empurrou o acusado. Contudo, aproveitando-se de sua força física, de seu peso e de seu tamanho, o acusado deitou a vítima e deitou-se sobre ela, colocando apressadamente uma camisinha no seu pênis”, continuou o documento.
“A ofendida disse não, que não iria transar com o acusado, sendo que ele não a ouvia e usou a força do peso do corpo dele, a configurar a violência, mantendo a ofendida imobilizada, para penetrar seu pênis na vagina da vítima, que sentiu dor, diante da total ausência de lubrificação”, ressaltou o MP.
A denúncia foi oferecida à Justiça, que acatou e tornou o ex-BBB réu mais uma vez. Ainda não há prazo para que o caso seja julgado.
A defesa do ex-BBB não foi encontrada para comentar sobre a nova denúncia até a publicação desta reportagem. Porém, em depoimento durante as investigações do caso, Felipe Prior confirmou praticou sexo com a vítima, mas ressaltou que a relação foi consensual e negou a violência sexual.
Condenação por estupro
Em decisão unânime, o TJ-SP confirmou a condenação em 2ª Instância do ex-BBB por estupro na semana passada. O crime em questão aconteceu no ano de 2014, sendo que a condenação em 1ª Instância aconteceu em julho de 2023. Na ocasião, Prior foi condenado a seis anos de prisão em regime inicialmente semiaberto.
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O novo julgamento aconteceu após o pedido de recurso da defesa do ex-BBB. Após a análise, os desembargadores mantiveram a condenação e ainda acrescentaram outros dois anos à pena. No entanto, o regime inicial de cumprimento de pena foi mantido como semiaberto.
Conforme a acusação, Prior e a vítima residiam na Zona Norte de São Paulo e estudavam no mesmo campus da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Na época, ele dava caronas a ela e a outra amiga em comum.
Após uma festa universitária em agosto de 2014, Prior teria oferecido uma carona e cometido o crime em questão ao ficar à sós com a vítima, que estava alcoolizada. Depois de deixar uma das mulheres em casa, ele teria parado o carro em uma rua próxima à casa da vítima e começado a beijá-la e “passar a mão em seu corpo, a puxando para o banco traseiro do carro. Ela não conseguiu oferecer resistência ao ato por estar alcoolizada”.
Outras três mulheres denunciaram o arquiteto pelo crime de estupro, sendo praticados em 2014 e 2016, enquanto uma tentativa foi registrada em 2018.