A trancista Thais Medeiros de Oliveira, de 27 anos, que teve uma crise grave de asma ao cheirar uma pimenta e quase morreu, recebeu alta do Centro Estadual De Reabilitação e Readaptação (Crer), em Goiânia, em Goiás, e agora segue sendo cuidada em casa. Em postagem nas redes sociais, os familiares dela disseram que dessa vez ela teve um quadro mais grave de infecção, mas recebeu o tratamento com antibióticos e se recuperou.
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“Olha a Thais aí. Voltou para casa de novo. Dessa vez ela teve um quadro infeccioso mais grave, mas graças a Deus a mamãe está sempre de olho, mamãe percebe tudo muito rápido, então de imediato corremos atrás de um tratamento. Minha esposa é muito cuidadosa com a Thais, ela não desliga hora nenhuma, então qualquer mudança ela já percebe (...) agora ela está bem, em casa, e aqui os cuidados são dia e noite. Ficamos 24 horas de olho”, afirmou o padrasto da jovem, Sergio Alves.
A jovem voltou a ser internada no último dia 7 de setembro, data em que completou 27 anos. Ela foi inicialmente mantida em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas logo foi para um quarto do Crer.
Após a alta, na segunda-feira (16), os familiares ressaltaram que precisam “aumentar ainda mais os cuidados com ela para evitar novas internações, apesar que o quadro dela é muito propício” para infecções.
No vídeo que mostrou a jovem em casa, Sergio também falou sobre a luta que enfrentam para que a Prefeitura de Goiânia forneça um home care para a trancista. “Até agora nada (....) está na Constituição, é um direito nosso, a gente não está pedindo nada demais. Se comprovar [a necessidade da assistência], a gente tem direito”, ressaltou ele.
Uma ação judicial segue tramitando, mas a administração municipal alega que Thais não se encaixa nos requisitos para o home care e recorreu. O caso segue sem um desfecho.
Reação à pimenta
A trancista passou mal na tarde do dia 17 de fevereiro de 2023 durante um almoço na casa do namorado. O rapaz contou que ela cheirou a pimenta e, em seguida, começou a “perder as forças”. Ela foi levada às pressas até o Hospital Evangélico Goiano (HEG), onde foi constatado que sofreu um edema cerebral.
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Ao chegar no hospital, a jovem sofreu uma parada cardiorrespiratória, quando ficou cerca de sete minutos sem pulso e 15 minutos sem oxigênio. Assim, ela foi sedada e intubada para evitar danos cerebrais. Depois, foi transferida para a Santa Casa de Anápolis, onde ficou na UTI.
Depois, foi transferida para um quarto, onde seguiu sua recuperação. No entanto, o diretor técnico da Santa Casa de Anápolis, Murilo Carlos Santana, ressaltou que o quadro dela era delicado.
Os médicos acreditam que a jovem sofreu uma crise de grave de asma ao cheirar a pimenta e, por conta da baixa circulação de oxigênio no cérebro, teve danos neurológicos. O condimento teria sido o gatilho.
A mãe da jovem, Adriana Medeiros, havia dito que a filha sofria com bronquite desde que ficou grávida, mas ninguém sabia que ela poderia ter alguma reação à pimenta.
Desde o episódio, Thais teve várias idas e vindas ao hospital, sendo só em Unidades de Terapia Intensiva foram mais de 80 dias de internação.