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Sequestro, tortura e morte: ordem para homicídios de candidata a vereadora e irmã partiu de presídio

Rayane e Rithiele viraram alvos de líder de facção após foto em que elas faziam símbolo associado ao PCC

Foto em que elas apareciam fazendo símbolo associado ao PCC teria motivado o crime
Vídeo mostrou quando as irmãs Rayane e Rithiely Alves foram sequestradas em MT; ambas foram torturadas e mortas (Reprodução/Redes sociais)

A Polícia Civil segue investigando as mortes das irmãs Rithiele Alves Porto, de 28 anos, e Rayane Alves Porto, de 25, que era candidata a vereadora pelo Republicanos em Porto Esperidião, no Mato Grosso. Os depoimentos dos presos suspeitos pelo crime indicam que elas viraram alvos de um líder de uma facção, que está preso, depois que apareceram em uma foto fazendo um sinal associado ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Assim, a ordem para que elas fossem sequestradas, torturadas e mortas partiu de dentro de um presídio.

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Conforme o portal Metrópoles, quem ordenou o ataque contra as vítimas foi um homem apontado como líder da facção Comando Vermelho (CV), conhecido como Véio, que está detido na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá. Essa indicação foi dada pelos suspeitos presos pelo crime, entre eles Rosivaldo Silva Nascimento, o Badá, de 19 anos.

À polícia, o jovem disse que, depois que viu a foto em que as irmãs aparecem fazendo um símbolo com as mãos, mostrando três dedos, enquanto estavam no Rio Jauru com familiares, elas viraram alvos do líder da facção. Isso, porque tal sinal seria associado ao PCC, que é rival do CV.

Assim, na noite do último sábado (14), quando participavam de um festival de pesca, as irmãs foram abordadas pelos criminosos e questionadas sobre a foto. Elas, um irmão e o namorado de Rithiele foram, então, sequestrados e levados para um cativeiro na Rua Marechal Cândido, no Centro de Porto Esperidião.

De lá, os bandidos fizeram uma videochamada para Véio, que do presídio ordenou que as vítimas fossem torturadas e mortas. Enquanto isso, os criminosos entraram em contato com familiares e exigiam o pagamento de R$ 100 mil pelo resgate.

As irmãs passaram cerca de 3 horas sendo torturadas, quando tiveram os cabelos e as pontas dos dedos cortados. Na sequência, foram mortas. Já o namorado de Rithiele conseguiu fugir do cativeiro e pediu ajuda em uma delegacia.

No cativeiro, os policiais socorreram o irmão das jovens, que teve uma orelha e um pedaço de dedo cortados, e encontraram os corpos delas. Horas depois, seis pessoas foram presas e três adolescentes, apreendidos, por suspeita de ligação com o caso.

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Conforme a polícia, os maiores de idade foram autuados em flagrante por sequestro e cárcere privado, tortura, duplo homicídio, homicídio tentado, lesão corporal, associação criminosa e corrupção de menores. Já os menores deverão ser autuados por ato infracional análogo aos mesmos crimes.

A Polícia Civil informou que, apesar da foto em que as irmãs faziam um símbolo com as mãos, não há indícios de que elas tinham envolvimento com práticas ilícitas. Rithiele e Rayane fizeram parte de um circo durante parte da vida e, agora, a mais nova tinha decidido se candidatar a vereadora.

Polícia diz que não há indícios da ligação delas com grupos criminosos
Imagem publicada nas redes sociais mostra candidata a vereadora e irmã fazendo gesto associado ao PCC; elas foram sequestradas e mortas por grupo rival (Reprodução/Redes sociais)

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