Dados divulgados recentemente apontaram relações entre Deolane Bezerra e a Apae Brasil no caso que segue sendo investigado pela Polícia Civil de Pernambuco. De acordo com reportagem publicada pelo portal Metrópoles, antes de sua prisão Deolane estava envolvida em campanhas publicitárias para empresas investigadas pela Polícia Civil. Um destas empresas, a Edscap, é de propriedade de outro investigado por lavagem de dinheiro e jogos ilegais: Darwin Henrique da Silva, que é também é dono da Esportes da Sorte.
Conforme a reportagem, a Edscap comercializa títulos de capitalização na modalidade “filantropia premiável”, por meio da qual o direito de resgate dos pagamentos, feito pela pessoa que adquire o título, é cedido para uma entidade beneficente. No caso da Edscap, quem recebia os valores era a Federação Nacional da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, a Apae Brasil.
Darwin, que está preso desde o dia 5 de setembro, quando se entregou à polícia, supostamente utilizava a Edscap para lavar dinheiro proveniente do jogo do bicho e de apostas, ambas atividades consideradas ilegais.
Como Deolane estaria envolvida?
Por meio de dados contidos em uma investigação policial a qual o Metrópoles teve acesso, é informado que Deolane utilizava suas redes sociais para a realização de rifas que envolviam premiações em dinheiro e carros de luxo. As rifas em questão seriam realizadas por meio da Edscap, e os calores totais dos resgates dos títulos de capitalização eram revertidos para a Apae Brasil, que repassava uma quantia para a empresária. Até o momento, a instituição e as defesas de Deolane e Darwin não se pronunciaram sobre o assunto.
A Polícia Civil teria notado transações suspeitas ao analisar um relatório de inteligência financeira feito pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), do governo federal. No período de 11/01/2024 a 07/03/2024 foram identificados repasses de R$2.930.588,00 feitos pela Apae para a empresa de Deolane, Bezerra Publicidade. Os valores citados eram justificados como serviços de publicidade.
Os contratos referentes aos serviços prestados foram solicitados para a empresa da influenciadora, que ainda não apresentou os documentos citados.