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Pai erra caminho, entra em comunidade e filha acaba baleada por bandidos no RJ: “Deram uns 6 ou 8 tiros”

Valentina Betti Simioni, de 14 anos, foi ferida na região lombar; ela segue internada em estado estável

Valentina Betti Simioni, de 14 anos, foi socorrida e segue internada.
Michel Simioni se desesperou ao contar que errou caminho, entrou em comunidade e criminosos balearam sua filha, na Zona Norte do Rio de Janeiro (Reprodução/GloboNews)

A adolescente Valentina Betti Simioni, de 14 anos, foi baleada depois que o pai dela errou o caminho e entrou por engano no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro, na manhã de quarta-feira (18). A família, que é de Belo Horizonte, em Minas Gerais, estava na cidade para ir ao Consulado Americano e emitir o visto. Porém, Michel Simioni contou que seguiu o GPS do carro e, quando percebeu, já estava na comunidade cercado por criminosos armados.

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“Eles deram alguns tiros, uns 6 ou 8 tiros, e eu olhei para ela e falei: ‘Pegou em você?’. Ela [filha] disse: ‘Não, papai, não pegou’. E aí eu continuei acelerando. Já estava a uns 400, 500 metros da saída da favela para a avenida. Quando eu consegui sair, ela encostou e falou: ‘Papai, tomei um tiro sim’. Aí, eu fiquei desesperado, comecei a acelerar”, relatou Michel, em entrevista à GloboNews.

O pai relatou que, antes de seguir para os trâmites da obtenção do visto, a família ia curtir o dia na praia na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Ele errou o acesso da Avenida Brasil para a Linha Amarela e, seguindo as orientações do GPS, pegou a primeira rua à direita disponível. Ele acabou acessando as avenidas Paris e Guilherme Maxwell, que são as entradas para o Morro do Timbau.

Logo, Michel disse que o carro foi cercado por criminosos armados, que atiraram. Ele socorreu a filha, que segue internada em estado estável no Hospital Getúlio Vargas.

“Sua evolução vem sendo acompanhada por uma equipe multidiscliplinar, com cirurgiões gerais, neurocirurgiões e intensivistas. A família da jovem também recebe apoio dos serviços de assistência social e de psicologia do hospital”, diz a nota da unidade de saúde.

O caso é investigado pela Polícia Civil, que tenta descobrir quem disparou o tiro que feriu a adolescente. Até a manhã desta quinta-feira (19), no entanto, nenhum suspeito havia sido identificado.

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