A Polícia Civil de São Paulo está em luto pela perda do delegado Mauro Guimarães Soares, de 59 anos, que foi baleado durante uma tentativa de assalto, na Lapa, na Zona Oeste de São Paulo. Imagens de câmeras de segurança registraram quando o investigador, que tinha 35 anos de carreira, foi abordado pelo assaltante (assista abaixo). Houve troca de tiros e a vítima acabou baleada. O agente chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
O caso aconteceu na manhã de sábado (21), na Rua Caio Graco. O delegado estava acompanhado da esposa, Ana Paula Soares, que também policial, quando eles foram abordados pelo assaltante em uma motocicleta. Mauro reagiu e trocou tiros com o criminoso, sendo que ambos acabaram baleados.
O delegado foi levado ao Hospital das Clínicas, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. O criminoso também foi socorrido, segue internado e mantido sob custódia.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), outros dois criminosos participaram da ação, sendo que um foi preso e outro segue sendo procurado. A pasta destacou que o caso foi registrado como latrocínio no 91º Distrito Policial (Ceasa) e está sob investigação, com o apoio do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).
O corpo do delegado foi sepultado na manhã de domingo (22) no Cemitério Gethsêmani, no Morumbi, na Zona Sul de São Paulo. Várias autoridades estiveram presentes, entre elas, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
35 anos de carreira
Mauro Soares era delegado com vasta experiência, sendo que atuava na função desde 1988. Ele já tinha exercido cargos de comando na Polícia Civil em delegacias seccionais no interior do estado, como em Sorocaba, mas também esteve à frente de delegacias da Região Metropolitana da Capital, como Osasco e Carapicuíba. Atualmente, ele comandava o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).
Ele começou na Polícia Civil aos 19 anos, como investigador, e atualmente era de classe especial, a faixa mais alta da carreira. O investigador também integrou a equipe do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), na capital paulista.
Mauro vinha de uma família de delegados, como o irmão Maurício Guimarães, do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), e o seu pai Acrisio Soares, que chegou assumir o DEIC nos anos 1980.
A Polícia Civil lamentou a morte do delegado, em postagem nas redes sociais, quando se solidarizou com a família da vítima. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também prestou suas homenagens. “Todos os culpados serão presos e devidamente punidos. Meus sinceros sentimentos à família, amigos e toda a corporação”, escreveu.