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Após ter prisão decretada, Gusttavo Lima entra em lista de nomes procurados em aeroportos do Brasil

Artista está nos EUA e, caso retorne ao país, será detido no desembarque; defesa nega atividade ilícita

Gusttavo Lima teve a prisão decretada pela Justiça de Pernambuco e poderá ser detido assim que retornar ao Brasil (Foto: Reprodução/Instagram)

O nome do cantor Gusttavo Lima, que teve a prisão decretada pela Justiça no âmbito da “Operação Integration”, entrou na lista de pessoas procuradas nos aeroportos brasileiros. O artista viajou para Miami, nos Estados Unidos, mas caso retorne ao país, será detido no desembarque. A defesa do sertanejo nega qualquer envolvimento dele com atividades ilícitas.

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Conforme a colunista Raquel Landim, do site UOL, apesar de constar como procurado no Brasil, o nome do artista não chegou a ser incluído na Difusão Vermelha da Interpol, a polícia internacional. Caso isso ocorresse, a prisão poderia ocorrer até mesmo no exterior. No entanto, por enquanto, tal solicitação não foi feita pela Justiça brasileira.

Gusttavo Lima teve a prisão decretada na segunda-feira (23), bem como foi determinada a apreensão do passaporte e a suspensão do porte de arma de fogo do artista. Apesar disso, ele viajou para os Estados Unidos, onde estaria em sua mansão em Miami, e ainda não foi detido.

A juíza Andrea Calado da Cruz, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE), destacou na decisão sobre a prisão que o sertanejo demonstrou “alarmante falta de consideração pela Justiça” ao dar “guarida a foragidos” da “Operação Integration”, que apura um esquema de jogos ilegais e lavagem de dinheiro.

A magistrada se referia a José André Rocha Neto e Aislla Sabrina Rocha, donos da casa de apostas “Vai de Bet”, que viajaram no avião do sertanejo de Goiânia até a Grécia e depois não foram mais vistos.

Na ocasião, o cantor celebrava o aniversário e apareceu em imagens divulgadas nas redes sociais ao lado de José André e Aislla. No dia 7 de setembro, o avião retornou ao Brasil, mas não trouxe o casal de volta. Naquela ocasião, a dupla já tinha um mandado de prisão em aberto.

A polícia suspeita que, ao saber dos desdobramentos da investigação, os donos da “Vai de Bet” ficaram no continente Europeu, onde teriam ido para Cavala, na Grécia, ou para as Ilhas Canárias, na Espanha. Isso pelo fato de que o avião do cantor sertanejo ter feito escalas nesses dois locais durante o voo de volta ao Brasil.

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A magistrada ressaltou que o fato do casal não ter voltado ao Brasil “indica de maneira contundente que optaram por permanecer na Europa para evitar a Justiça”. Assim, Andrea destacou que os indícios apontam para a conivência de Gusttavo Lima, ao ajudar a dupla na fuga, e ressaltou que a atitude do sertanejo “compromete a integridade do sistema judicial, mas também perpetua a impunidade em um contexto de grave criminalidade”.

O casal José André e Aislla, que era considerado foragido, foi beneficiado por um habeas corpus que determinou a soltura de Darwin Henrique da Silva Filho, o dono da empresa “Esportes da Sorte”, assim como de Deolane Bezerra, a mãe dela, e mais 13 detidos.

Justiça de PE diz que sertanejo ajudou casal na fuga
José André Rocha Neto ao lado de Gusttavo Lima e Andressa Suíta, esposa do sertanejo, e Aislla Rocha (Reprodução/Redes sociais)

O que diz a defesa de Gusttavo Lima?

Em nota enviada à Quem, os advogados de Gusttavo Lima negaram qualquer envolvimento do artista com os esquemas investigados na “Operação Integration”. O documento afirma que as medidas cabíveis estão sendo tomadas para manter o famoso em liberdade.

“Ressaltamos que é uma decisão totalmente contrária aos fatos já esclarecidos pela defesa do cantor e que não serão medidos esforços para combater juridicamente uma decisão injusta e sem fundamentos legais”, diz o comunicado.

A nota reforça que todos acreditam na Justiça brasileira e que a inocência de Gusttavo será “devidamente demonstrada”. Ela reforça que o cantor sertanejo “jamais seria conivente com qualquer fato contrário ao ordenamento de nosso país e não há qualquer envolvimento dele ou de suas empresas com o objeto da operação deflagrada pela Polícia Pernambucana”.

Por fim, o documento diz que o processo segue em segredo de Justiça e que “qualquer violação ao referido instituto será objeto e reparação e responsabilização aos infratores”.

Já a defesa de José André e Aislla não foi encontrada para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.

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