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Hezbollah: por que este grupo tem tanto poder no Líbano e por que é inimigo de Israel?

É definido como “a força militar não estatal mais poderosa do mundo”

Hezbollah
Hezbollah Os seguidores do Hezbollah carregam fotografias do comandante Ibrahim Aqil e do líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Jamenei, durante o cortejo fúnebre de Aqil em um subúrbio de Beirute, em 22 de setembro (Bilal Hussein/AP)

O Hezbollah é quase um país dentro de outro país e, de acordo com a BBC Mundo, Firas Maksad, especialista em política libanesa e geopolítica do Oriente Médio do Instituto do Oriente Médio (MEI) sediado em Washington, declarou que “atualmente é a força militar não estatal mais poderosa do mundo”.

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A organização política e militar xiita surgiu na década de 1980 durante a guerra civil libanesa e foi fundada com o propósito inicial de resistir à ocupação israelense na parte sul do país e expandir a influência da revolução islâmica iraniana.

Hoje, o Hezbollah evoluiu para se tornar um jogador-chave não apenas militarmente, mas também politicamente no país. Nas últimas eleições gerais no Líbano, seus representantes no parlamento obtiveram quase 20% dos votos e têm a capacidade de bloquear decisões importantes no país, dando-lhes uma grande influência na política interna.

Quem é o líder do Hezbollah?

Desde 1992, o líder da organização tem sido Hassan Nasrallah, um clérigo xiita de 64 anos, fundamental em sua transformação em uma força política e militar. Segundo a BBC Mundo, Nasrallah mantém laços estreitos com o Irã e, embora não apareça em público há anos, ele faz discursos televisivos semanais.

Sua luta armada contra Israel tem sido um fator crucial na consolidação do Hezbollah no Líbano. Os confrontos durante a ocupação israelense da parte sul do país (1982-2000) e o conflito de 2006 cimentaram a reputação da organização como uma poderosa força de resistência.

O Hezbollah recebe um apoio financeiro e logístico significativo do Irã, seu principal aliado, que o considera um elemento-chave em sua estratégia regional. Além disso, a Síria tem fornecido apoio estratégico, que tem sido essencial para sua sobrevivência e expansão.

A organização tem uma grande influência no sul do Líbano e nos subúrbios de Beirute devido aos serviços sociais, educacionais e até de saúde que oferece, e nisso até rivaliza com as instituições estatais, consolidando sua imagem como "um estado dentro do estado". Até mesmo seu poder militar supera o do exército libanês.

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