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Preso segundo suspeito por assalto que matou delegado em SP; terceiro envolvido é procurado

Mauro Guimarães, 59, estava com a esposa quando foi abordado e levou dois tiros; ele revidou e acertou sete disparos em criminoso, que sobreviveu

A Polícia Civil prendeu o segundo suspeito pela tentativa de assalto que terminou na morte delegado Mauro Guimarães Soares, de 59 anos, na Lapa, na Zona Oeste de São Paulo. Conforme as investigações, Vitor Hugo de Santana Ferreira prestava apoio ao comparsa, Enzo Wagner Lima Campos, que foi quem abordou e atirou no investigador. Um terceiro suspeito de envolvimento no caso ainda é procurado.

Segundo a polícia, Enzo era o bandido que apareceu nas imagens de câmeras de segurança abordando o delegado. O vídeo mostrou o homem em uma motocicleta, se aproximando de Mauro, que estava acompanhado da esposa, Ana Paula Soares (assista abaixo).

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Houve troca de tiros e o investigador acabou atingido por dois disparos no peito, sendo que não resistiu. Já o criminoso foi baleado sete vezes, mas foi levado o Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP), onde segue internado e mantido sob custódia policial.

Após buscas, os policiais localizaram Vitor Hugo escondido em Diadema, no ABC Paulista, na noite de segunda-feira (23). Ele foi levado para a sede do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), que conduz as investigações, e permanece à disposição da Justiça.

Enzo e Vitor Hugo devem ser indiciados pelo crime de latrocínio, que é o roubo seguido de morte. As defesas deles não foram localizadas para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.

Relembre o caso

O caso aconteceu na manhã de sábado (21), na Rua Caio Graco. O delegado estava acompanhado da esposa, quando eles foram abordados pelo assaltante em uma motocicleta. Mauro reagiu e trocou tiros com o criminoso, sendo que ambos acabaram baleados e o investigador não resistiu.

O corpo foi sepultado na manhã de domingo (22) no Cemitério Gethsêmani, no Morumbi, na Zona Sul de São Paulo. Várias autoridades estiveram presentes, entre elas, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Mauro era delegado com vasta experiência, sendo que atuava na função desde 1988. Ele já tinha exercido cargos de comando na Polícia Civil em delegacias seccionais no interior do estado, como em Sorocaba, mas também esteve à frente de delegacias da Região Metropolitana da Capital, como Osasco e Carapicuíba. Atualmente, ele comandava o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

Ele começou na Polícia Civil aos 19 anos, como investigador, e atualmente era de classe especial, a faixa mais alta da carreira. O investigador também integrou a equipe do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), na capital paulista.

O investigador vinha de uma família de delegados, como o irmão Maurício Guimarães, do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), e o seu pai Acrisio Soares, que chegou assumir o DEIC nos anos 1980.

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