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Saiba quem é o casal investigado em operação que teria recebido ajuda de Gusttavo Lima na ‘fuga’

José Rocha Neto e Aislla Rocha são donos da ‘Vai de Bet’; eles já foram beneficiados por habeas corpus

Justiça de PE diz que sertanejo ajudou casal na fuga
José André Rocha Neto ao lado de Gusttavo Lima e Andressa Suíta, esposa do sertanejo, e Aislla Rocha (Reprodução/Redes sociais)

A juíza Andrea Calado da Cruz, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE), destacou na decisão em que determinou a prisão do cantor Gusttavo Lima que ele demonstrou “alarmante falta de consideração pela Justiça” ao dar “guarida a foragidos” da “Operação Integration”, que apura um esquema de jogos ilegais e lavagem de dinheiro. A magistrada se referia a José André Rocha Neto e Aislla Sabrina Rocha, donos da casa de apostas “Vai de Bet”, que viajaram no avião do sertanejo de Goiânia até a Grécia e depois não foram mais vistos.

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Na ocasião, Gusttavo Lima celebrava o aniversário e apareceu em imagens divulgadas nas redes sociais ao lado de José André e Aislla. No dia 7 de setembro, o avião retornou ao Brasil, mas não trouxe o casal de volta. Naquela ocasião, a dupla já tinha um mandado de prisão em aberto pela “Operação Integration”.

A polícia suspeita que, ao saber dos desdobramentos da investigação, os donos da “Vai de Bet” ficaram no continente Europeu, onde teriam ido para Cavala, na Grécia, ou para as Ilhas Canárias, na Espanha. Isso pelo fato de que o avião do cantor sertanejo ter feito escalas nesses dois locais durante o voo de volta ao Brasil.

A magistrada ressaltou que o fato do casal não ter voltado ao Brasil “indica de maneira contundente que optaram por permanecer na Europa para evitar a Justiça”. Assim, Andrea destacou que os indícios apontam para a conivência de Gusttavo Lima, ao ajudar a dupla na fuga, e ressaltou que a atitude do sertanejo “compromete a integridade do sistema judicial, mas também perpetua a impunidade em um contexto de grave criminalidade”.

Assim, a juíza determinou a prisão do cantor sertanejo na segunda-feira (23), bem como a apreensão do passaporte e a suspensão do porte de arma de fogo do artista. Apesar disso, ele viajou para os Estados Unidos, onde passa uma temporada em sua mansão em Miami e ainda não foi detido.

Já o casal José André e Aislla, que era considerado foragido, foi beneficiado por um habeas corpus que determinou a soltura de Darwin Henrique da Silva Filho, o dono da empresa “Esportes da Sorte”, assim como de Deolane Bezerra, a mãe dela, e mais 13 detidos.

Deolane Bezerra teria descumprido regra imposta para deixar a cadeia
Deolane Bezerra, presa por suspeita de ligação com esquema de jogos ilegais e lavagem de dinheiro, foi beneficiada por habeas corpus (Reprodução/Instagram/@deolanebezerra)

O que diz a defesa de Gusttavo Lima?

Em nota enviada à Quem, os advogados de Gusttavo Lima negaram qualquer envolvimento do artista com os esquemas investigados na “Operação Integration”. O documento afirma que as medidas cabíveis estão sendo tomadas para manter o famoso em liberdade.

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“Ressaltamos que é uma decisão totalmente contrária aos fatos já esclarecidos pela defesa do cantor e que não serão medidos esforços para combater juridicamente uma decisão injusta e sem fundamentos legais”, diz o comunicado.

A nota reforça que todos acreditam na Justiça brasileira e que a inocência de Gusttavo será “devidamente demonstrada”. Ela reforça que o cantor sertanejo “jamais seria conivente com qualquer fato contrário ao ordenamento de nosso país e não há qualquer envolvimento dele ou de suas empresas com o objeto da operação deflagrada pela Polícia Pernambucana”.

Por fim, o documento diz que o processo segue em segredo de Justiça e que “qualquer violação ao referido instituto será objeto e reparação e responsabilização aos infratores”.

Já a defesa de José André e Aislla não foi encontrada para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.

‘Operação Integration’

As investigações da “Operação Integration” começaram em abril de 2023, com objetivo de identificar e desarticular organização criminosa voltada à prática de jogos ilegais e lavagem de dinheiro. Segundo as investigações, uma organização movimentou R$ 3 bilhões com as ações criminosas.

Além da prisão de Deolane Bezerra, o juiz da 12ª Vara Criminal da Comarca do Recife expediu outros 18 mandados de prisão e 24 mandados de busca e apreensão no Recife (PE), Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel (PR), Curitiba (PR) e Goiânia (GO).

De acordo com a Polícia Civil, também foi decretado o sequestro de bens como carros de luxo, imóveis, aeronaves e embarcações, além de bloqueios de ativos financeiros no valor de mais de R$ 2,1 bilhões.

A Justiça também determinou a imposição de medidas cautelares como entrega de passaporte, suspensão do porte de arma de fogo e cancelamento do registro de arma de fogo.

Um avião que pertencia à empresa do sertanejo Gusttavo Lima também foi apreendido na operação. A assessoria do artista disse, no entanto, que a aeronave já foi vendida, apesar de ainda estar registrado como de propriedade do cantor.

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