O brasileiro Ali Kamal Abdallah, de 15 anos, morreu em um bombardeio promovido por Israel no Vale do Beqaa, no Líbano. Ele estava acompanhado do pai, Kamal Abdallah, que tem nacionalidade paraguaia, sendo que o homem também não resistiu. Irmã do menor, Hanan Abdallah compartilhou vídeos em seu Instagram que mostram o garoto jogando futebol e ressaltou na legenda que ele é um “anjo que Israel matou”.
As mortes de Ali Kamal e do pai dele foram confirmadas na quarta-feira (25) pelo Itamaraty, que lamentou o ataque e disse que presta auxílio aos familiares. “A Embaixada do Brasil em Beirute está prestando assistência aos familiares do menor. O pai do adolescente também faleceu como resultado da explosão”, destacou o órgão.
O Itamaraty destacou que condena os contínuos ataques aéreos israelenses contra zonas civis densamente povoadas no Líbano e “renova seu apelo às partes envolvidas para que cessem imediatamente as hostilidades”.
A embaixada orientou também que brasileiros não façam viagem ao Líbano e recomendou que, residentes ou de passagem deixem o país, por meios próprios “até o retorno à normalidade”. A recomendação é que aqueles que optassem por continuar no país deveriam sair das regiões do sul, mais próximas a Israel. Zonas de fronteira e outras áreas de risco também deveriam ser evitadas.
Ataques no Líbano
No último domingo (22), foguetes disparados pelo Hezbollah atingiram a cidade de Haifa, ao norte de Israel. Os extremistas planejavam atingir complexos industriais militares da empresa Rafael, que desenvolve armas e tecnologia militar.
Em resposta, na segunda-feira (23), o Exército israelense realizou bombardeios em alvos do Hezbollah no sul do Líbano.
Na quarta-feira (25), o Ministério da Saúde do Líbano confirmou que os ataques israelenses deixaram 72 mortos e 392 feridos. Esses números já aumentaram, pois, na madrugada desta quinta-feira (26), um ataque matou ao menos 23 sírios em um edifício da cidade libanesa de Younine.
Desde o início dos bombardeios aéreos, as autoridades libanesas afirmam que mais de 620 pessoas morreram.