O padre Francisco Carlos Madoglio, que denunciou o sumiço da idosa Sônia Marina Barlebem, de 77 anos, falou sobre o estado degradante em que a vítima estava quando foi encontrada ferida em uma área de mata do Arboreto Vila Amália, que fica na região do Horto Florestal, na Zona Norte de São Paulo. Segundo ele, a mulher estava sem roupas, com larvas pelo corpo e com sinais de abuso sexual. Ela foi socorrida e internada, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. A polícia ainda tenta descobrir o que aconteceu.
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“Parecia cena de terror. Ela estava com sinais de abuso sexual. Estava sem as calças, com larva pelo corpo”, ressaltou o padre, em entrevista ao site G1.
Sônia, que tinha Alzheimer, morava em um quarto nos fundos de uma Igreja Nossa Senhora Aparecida. No último dia 8 de setembro, ela disse que ia até a residência para tomar um banho, mas sumiu e não foi mais vista. Assim, o desaparecimento foi denunciado às autoridades.
No último dia 16, um morador em situação de rua localizou a idosa na mata. Ela foi socorrida e internada no Hospital Mandaqui, na Zona Norte da Capital, mas morreu no dia 22.
“A causa da morte foi infecção de pele, mas com certeza em decorrência do abuso sexual. Espero que seja feita justiça por Sônia Marina e por todas idosas que sofrem abuso sexual e abusos psicológicos, e por todas as mulheres que sofrem abusos de toda espécie. As autoridades e a sociedade devem estar atentos e irradiarem qualquer tipo de violência”, disse Madoglio.
Investigação
O caso foi registrado no 13º Distrito Policial como morte suspeita e segue sendo investigado. “Uma idosa, de 77 anos, morreu após ter sido encontrada com ferimentos, na tarde de domingo (22), por volta das 17h, na Rua do Horto, no bairro Tremembé, zona norte de São Paulo. A vítima teria sido socorrida ao Pronto-Socorro Mandaqui, mas não resistiu. O caso foi registrado como morte suspeita pelo 13º Distrito Policial (Casa Verde), que requisitou perícia”, destacou a Secretaria de Segurança Pública (SSP).
Já a Urbia, gestora do Horto Florestal, lamentou o ocorrido e se solidarizou com a família e amigos da vítima. A concessionária destacou que “contribui e aguarda as investigações da Polícia Civil”.
“No entanto, é importante esclarecer que a suspeita é de que o caso teria acontecido no Arboreto e não no interior do Horto Florestal. Até o momento, não se sabe qual o local exato onde a violência foi praticada e a concessão não abrange todo o território. A empresa reitera que a segurança pública dos espaços do parque é de responsabilidade da Polícia Militar de São Paulo, enquanto a Urbia atua na segurança e vigilância patrimonial e operacional, na área concedida, atendendo e orientando os visitantes”, diz o texto.