O sistema de reservatórios de água que abastece a Região Metropolitana de de São Paulo registrou na quinta-feira (26) 49,9% da capacidade total. De acordo com o g1, o nível está abaixo do registrado em 2013 na mesma data, quando a seca antecedeu a crise hídrica estabelecida.
A Sabesp, empresa responsável pela gestão de recursos hídricos em São Paulo, disse que o número é resultado da seca que atinge diversas regiões do Brasil. A companhia explica que não há desabastecimento de água no estado, mas ressalta a necessidade de utilizar a água de forma consciente em qualquer época do ano.
“Não estamos em uma situação confortável. O cenário é preocupante”, diz a professora Ana Paula Fracalanza, do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (USP), em entrevista ao g1.
Dos quatro maiores reservatórios integrados, o único que está com volume de água acima do registrado no ano pré-crise é o Cantareira, que possuía 41% em 2013 e está com 51% em 2024.
Em relatório divulgado no início deste mês pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais do governo federal (Cemaden), atualmente a Cantareira se enquadra na faixa de atenção (volume entre 40% e 60%).
“Embora uma condição de normalidade tenha prevalecido na bacia entre março de 2023 e fevereiro de 2024 [devido a chuvas abundantes no último ano], o Sistema Cantareira tem enfrentado condições de seca hidrológica crítica desde o início de 2012, variando de fraca a excepcional”, aponta o órgão.