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Com regras rígidas e sem poder atacar diretamente os adversários, Marçal some no debate da Record

Debate transcorreu sem tumulto neste sábado

Candidatos à Prefeitura de SP.
Candidatos à Prefeitura de SP. (Reprodução)

O debate deste sábado entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, na TV Record, teve regras rígidas de segurança, com cadeiras parafusadas no chão, copos de acrílico, detector de metais na entrada do estúdio e seguranças individuais. Todos os candidatos também foram avisados que cada ataque pessoal tiraria deles 30 segundo do seu tempo para falar.

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A rigidez nas regras possibilitou que o debate transcorresse dentro da normalidade, para desgosto do candidato Pablo Marçal (PRTB), que sem sua principal arma de campanha viu sua participação passar apagada, com os demais candidatos o boicotando nas perguntas.

Liderando as pesquisas, o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o deputado Guilherme Boulos (Psol) foram os mais atacados pelos adversários. Nunes, em especial, teve sua gestão duramente criticada por todos, principalmente na questão da segurança e do aumento da população de rua.

Boulos também foi fustigado diversas vezes por sua ligação com o movimento de moradores sem teto e acusado de invadir propriedades particulares, o que ele negou reiteradamente. “Me apontem uma única casa particular invadida”, desafiou seus adversários.

Pablo Marçal mais uma vez tentou ligar o prefeito Nunes ao desvio de merenda. “Existe em curso uma investigação da Polícia Federal em relação ao desvio de merenda. Existem lá pagamentos no seu nome, pagamentos no nome de familiar, e eu queria que você desse explicação, não fugindo”, disse Marçal.

Nunes respondeu com uma acusação. “Olha, Pablo Henrique, quem fugiu da polícia foi você. Fugiu pela sua condenação de ter integrado uma das maiores quadrilhas desse país para poder roubar dinheiro de pessoas humildes pela internet. Quem foi preso foi você”, afirmou.

Tabata Amaral foi para cima de Boulos durante o debate e disse que soas propostas divergem de posições defendidas por seu partido. “Você dizia que era a favor da descriminalização das drogas, agora é contra. Dizia que era a favor da legalização do aborto, agora diz que defende a lei do jeito que está. Nessa semana, mudou sua posição em relação à Venezuela e diz agora que é uma ditadura. Mas seu partido mantém essas posições”, atacou.

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Boulos respondeu que pretende governar para a cidade inteira. “Você não governa só para seu partido, só com suas ideias”, disse.

Apesar dos ataques, o debate transcorreu sem que nenhum candidato aumentasse o tom da voz e sem ataques diretos. Houve no total 11 pedidos de direito de resposta feito pelos candidatos, mas todos foram negados.

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