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VÍDEO: Gusttavo Lima faz live, ressalta inocência e nega ser dono de bet: “Assassinato de reputação”

Sertanejo foi indiciado por lavagem de dinheiro e organização criminosa, mas garante ter provas de que não fez nada ilícito

O cantor Gusttavo Lima, que foi indiciado na “Operação Integration” suspeito de crimes como lavagem de dinheiro e organização criminosa, apareceu em uma live em seu Instagram, na tarde de segunda-feira (30), quando ressaltou ser inocente de todas as acusações. Com a ajuda do advogado Claudio Bessa, o sertanejo negou ser um sócio oculto da casa de apostas “Vai de Bet”, como suspeita a polícia, e falou sobre as vendas de seus aviões. O artista ressaltou que é vítima de um “assassinato de reputação” (veja o vídeo abaixo).

O cantor começou dizendo que “estava sumido”, mas que agora iria se explicar aos fãs. Ele agradeceu pelo carinho e orações e, sorrindo, disse que tem “recebido muita coisa boa”.

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“Todos vocês sabem de onde eu vim e tudo o que passei pra chegar até aqui. Quantas provas, né, desde moleque trabalhando sem parar, sem ter final de semana, sem ter infância, pois comecei a trabalhar com 10 anos e não me arrependo”, começou ele.

“A partir do dia 4 [de setembro] para cá eu fui surpreendido com tantas mentiras, com tantas suposições, com tantas fake news. Jamais trocaria minha paz por nenhum dinheiro desse mundo”, continuou o artista.

Suspeitas

Conforme o “Fantástico”, da TV Globo, a polícia suspeita que ele seja um sócio oculto da casa de apostas “Vai de Bet”, ex-patrocinadora do Corinthians, investigada por usar os jogos ilegais para lavar dinheiro.

A reportagem destacou que o sertanejo virou sócio da casa de apostas em julho deste ano, com participação de 25%. No entanto, a polícia suspeita que ele já era um dos proprietários bem antes dessa formalização de contrato.

Isso pelo fato de que, no final de 2023, a “Vai de Bet” fechou um patrocínio milionário ao Corinthians, que acabou virando alvo de outra investigação. Na época, um conselheiro disse à polícia que tinha falado com o presidente do clube paulista e que ele revelou que Gusttavo Lima era um dos donos da casa de apostas.

Na live, Gusttavo explicou que tem direito a 25% dos ganhos da empresa com o uso de seu nome e imagem, mas que essa é apenas uma particularidade de seu contrato. O cantor brincou que é um funcionário como qualquer outro. “Isso é loucura, eu nem sei porque estou passando por isso. É um assassinato de reputação”, ressaltou ele.

Essa informação também já tinha sido negada pelo empresário José André da Rocha Neto, dono da “Vai de Bet”, que ressaltou que o cantor tem direito a 25% da marca, mas que nunca foi sócio e jamais participou da administração. Ele ressaltou, ainda, que o primeiro contato com o artista foi para que ele fosse garoto-propaganda da casa de apostas e só depois ele assinou o contrato de participação.

E foi exatamente por ser suspeito de acobertar José André da Rocha Neto, e a esposa, Aislla Sabrina Henriques Truta Rocha, que eram procurados pela Justiça, que Gusttavo Lima teve a prisão decretada. O casal estava com o artista em viagem à Grécia, mas não voltou ao Brasil e não foi mais visto.

A juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife (PE), entendeu que o cantor ajudou a dupla na fuga e, por isso, determinou a prisão dele. Porém, menos de 24 horas depois, o sertanejo obteve um habeas corpus. o casal investigado também foi beneficiado com a liberdade.

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O cantor negou que tenha dado “guarita” a fugitivos e disse que nem sabia da operação na ocasião da viagem. “Meu relacionamento com os sócios da ‘Vai de Bet’ é de muito profissionalismo. Meu contato com eles é 100% profissional”, afirmou Gusttavo.

Venda de aviões

A investigação também suspeita que Gusttavo Lima tenha participado de uma negociação irregular com empresários ligados a jogos ilegais. Isso porque, entre 2023 e 2024, um avião da Balada Eventos foi vendido duas vezes para investigados na operação. Os valores negociados foram de US$ 6 milhões e R$ 33 milhões, respectivamente.

A primeira compra foi feita pela “Sports Entretenimento”, que pertence a Darwin Henrique da Silva Filho, investigado por suspeita de ligação com jogo do bicho. Ele repassou o avião dois meses após a compra, alegando problemas técnicos. Porém, segundo a polícia, o distrato foi feito no mesmo dia da compra, ou seja, 25 de maio de 2023. Já as falhas na aeronave só ocorreram no dia 29 de junho daquele ano.

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O mesmo avião voltou a ser vendido no ano seguinte. Dessa vez, quem comprou foi a J.M.J Participações, do empresário José André da Rocha Neto, também dono da “Vai de Bet”. A polícia diz que essa negociação foi feita sem nenhum laudo que comprovasse os reparos na aeronave e ainda envolveu um helicóptero que também era da empresa de Gusttavo Lima. No fim, essa última aeronave voltou a ser do artista.

A polícia diz que para essas negociações foram usados recursos ilegais, que vinham dos jogos de azar.

Sobre essa questão, Gusttavo Lima disse na live que não há irregularidades nos contratos da venda e que não sabia que uma das empresas era suspeita de crimes. “Eu não sei quantos aviões já tive. Mas a gente tem que explicar, porque comprar avião não é igual comprar carro (algo simples)”, ressaltou ele.

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Ao “Fantástico”, a defesa do cantor também negou as irregularidades e disse que os contratos foram feitos em nome das empresas com os seus representantes legais, o que afastaria a possibilidade de lavagem de dinheiro. Também alega que a análise dos policiais apresenta “falhas ao não considerar a data digital do distrato da compra de uma das aeronaves”.

Os advogados do sertanejo ressaltaram, ainda, que os registros de compra e venda das aeronaves foram feitos sem ocultação ou dissimulação e os pagamentos, em contas bancárias normais. Os advogados também negaram que o cantor conheça Darwin Filho.

Já a defesa de Rocha Neto alega que ele usou o helicóptero como parte de pagamento do jatinho da Balada Eventos.

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Darwin Filho, por sua vez, nega ter relação com o jogo do bicho. Sobre o cancelamento da compra do avião do cantor sertanejo, ele disse que a transação foi lícita e regular. Segundo ele, a própria quebra de sigilo bancário confirma as informações prestadas.

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