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‘Garganta do Diabo’: corpo de mulher desaparecida após naufrágio é achado; outra vítima é procurada

Beatriz Tavares da Silva Faria, 27, foi localizada sem vida; equipes ainda buscam por Aline Amorim, 37

Outra mulher ainda é procurada pelos bombeiros
Beatriz Tavares da Silva Faria, de 27 anos, que estava desaparecida após naufrágio na 'Garganta do Diabo', foi achada sem vida (Reprodução/Redes sociais)

Socorristas do Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar) encontraram o corpo da jovem Beatriz Tavares da Silva Faria, de 27 anos, que estava desaparecida após o naufrágio de uma embarcação na “Garganta do Diabo”, que fica entre a Ilha Porchat e a Praia de Paranapuã, em São Vicente, no litoral de São Paulo. As equipes ainda fazem buscas por Aline Tamara Moreira de Amorim, de 37 anos. Outras cinco pessoas foram resgatadas com vida.

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O corpo de Beatriz foi localizado na tarde de quarta-feira (2), em uma área próxima ao Emissário Submarino de Santos. Um tio da jovem compareceu ao local e fez o devido reconhecimento.

A embarcação naufragou na noite do último domingo (28), na região conhecida como “Garganta do Diabo”, em função dos altos riscos gerados pela forte correnteza. Os bombeiros foram acionados por volta das 19h20 por moradores da Ilha do Porchat que viram a embarcação naufragar. Três viaturas foram enviadas ao local para a operação de resgate, que também contou com apoio da Marinha do Brasil.

No local, os socorristas encontraram três mulheres e dois homens à deriva. Os resgatados contaram que mais duas mulheres que estavam com eles, mas elas não foram achadas no local. Assim, foram realizadas buscas ainda durante a noite, mas sem sucesso. Só agora o corpo de uma das desaparecidas foi achado.

Em nota, a Capitania dos Portos de São Paulo informou que instaurou um inquérito administrativo para investigar as possíveis causas e responsabilidades pelo acidente, que envolveu a embarcação “La Linda”. Segundo o comunicado, não houve registro de poluição hídrica devido ao naufrágio.

O caso também é investigado pela Polícia Civil, que deve colher o depoimento dos sobreviventes nos próximos dias.

Sete estavam à bordo, sendo que cinco foram resgatados
Embarcação naufraga na 'Garganta do Diabo', no litoral de SP, conhecida por perigos em função da forte correnteza (Reprodução/Redes sociais)

Vítimas dizem como se salvaram

Uma das sobreviventes do naufrágio é a estudante Camila Alves, de 20 anos, que disse ao site G1 que o grupo estava em uma festa em uma lancha. Quando eles voltavam à terra, em um barco menor, houve o naufrágio. “A gente tentou subir no barco, só que ele afundou. Aí, um menino conseguiu espalhar coletes e galões de gasolina”, relatou.

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Mesmo pegando um colete, ela disse que a correnteza estava muito forte e não conseguiu vesti-lo. A solução foi se jogar em direção a uma região tomada por pedras. “A gente via que não ia aguentar por muito tempo, bater o pé e engolir muita água. A nossa solução foi se jogar nas pedras para tentar se agarrar e se salvar”, recordou.

“A gente nasceu de novo, o Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência] falou para a gente. Estava muito forte [as ondas], a gente quase morreu. A gente não sabia nadar”, disse Camila.

Já a autônoma Vanessa Audrey, de 34 anos, contou que conseguiu se agarrar ao colete de uma jovem que ela não conhecia e também acabou sendo jogada na área perto das pedras. Lá, ela viu pessoas na Ilha Porchat e começou a gritar desesperada pedindo socorro.

“Chegou um momento na água que ninguém conseguia ver ninguém. Estava lutando pela vida”, recordou ela, que disse que um homem a viu e acionou o resgate.

As duas jovens tinham lesões pelo corpo e receberam atendimento médico após serem resgatadas. Outras duas pessoas que sobreviveram também foram atendidas, sendo que a quinta se recusou a ser avaliada.

Duas mulheres seguem desaparecidas
Camila Alves contou como sobreviveu a naufrágio de barco na 'Garganta do Diabo' (Reprodução/Redes sociais)

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