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Corpo de mulher desaparecida após naufrágio na ‘Garganta do Diabo’ é encontrado, no litoral de SP

Aline Amorim, 37, era a última procurada; Beatriz Tavares Faria, 27, também foi achada sem vida

No total, cinco pessoas sobreviveram e duas morreram no naufrágio.
Aline Tamara Moreira de Amorim, de 37 anos, que desapareceu após naufrágio em São Vicente, foi encontrada morta (Reprodução/Redes sociais)

Socorristas do Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar) encontraram na manhã desta sexta-feira (4) o corpo de Aline Tamara Moreira de Amorim, de 37 anos, que sumiu após o naufrágio de uma embarcação na “Garganta do Diabo”, que fica entre a Ilha Porchat e a Praia de Paranapuã, em São Vicente, no litoral de São Paulo. Ela era a última desaparecida, sendo que a jovem Beatriz Tavares da Silva Faria, de 27, também já tinha sido achada sem vida. Outras cinco pessoas sobreviveram.

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O corpo de Aline estava no Itaquitanduva, entre as praias do Parque Xixová. De lá, ele foi levado até a praia do Gonzaguinha, onde familiares fizeram o devido reconhecimento.

Aline morava em São Paulo e estava em São Vicente a passeio, quando foi a uma festa em uma lancha com as amigas, Camila Alves, de 20 anos, e Vanessa Audrey, de 34. Quando elas se uniram a outras pessoas e voltavam à terra, em um barco menor, houve o naufrágio.

Camila e Audrey foram resgatadas com vida, juntamente com outras três pessoas, mas Aline e Beatriz desapareceram. Buscas passaram a ser realizadas e primeiro os socorristas acharam o corpo da jovem de 27 anos, na tarde de quarta-feira (2), em uma área próxima ao Emissário Submarino de Santos. Os trabalhos continuaram e agora Aline também foi achada sem vida.

Sete estavam à bordo, sendo que cinco foram resgatados
Embarcação naufragou na 'Garganta do Diabo', no litoral de SP, conhecida por perigos em função da forte correnteza (Reprodução/Redes sociais)

Relembre o caso

A embarcação naufragou na noite do último dia 28, na região conhecida como “Garganta do Diabo”, em função dos altos riscos gerados pela forte correnteza. Os bombeiros foram acionados por volta das 19h20 por moradores da Ilha do Porchat que viram a embarcação naufragar. Três viaturas foram enviadas ao local para a operação de resgate, que também contou com apoio da Marinha do Brasil.

No local, os socorristas encontraram três mulheres e dois homens à deriva. Os resgatados contaram que mais duas mulheres que estavam com eles, mas elas não foram achadas no local. Assim, foram realizadas buscas ainda durante a noite, mas sem sucesso.

Em nota, a Capitania dos Portos de São Paulo informou que instaurou um inquérito administrativo para investigar as possíveis causas e responsabilidades pelo acidente, que envolveu a embarcação “La Linda”. Segundo o comunicado, não houve registro de poluição hídrica devido ao naufrágio.

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O caso também é investigado pela Polícia Civil, que deve colher o depoimento dos sobreviventes nos próximos dias.

Vítimas dizem como se salvaram

Uma das sobreviventes, Camila Alves disse ao site G1 que o grupo estava em uma festa em uma lancha e o naufrágio ocorreu quando decidiram voltar à terra. “A gente tentou subir no barco, só que ele afundou. Aí, um menino conseguiu espalhar coletes e galões de gasolina”, relatou.

Mesmo pegando um colete, ela disse que a correnteza estava muito forte e não conseguiu vesti-lo. A solução foi se jogar em direção a uma região tomada por pedras. “A gente via que não ia aguentar por muito tempo, bater o pé e engolir muita água. A nossa solução foi se jogar nas pedras para tentar se agarrar e se salvar”, recordou.

“A gente nasceu de novo, o Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência] falou para a gente. Estava muito forte [as ondas], a gente quase morreu. A gente não sabia nadar”, disse Camila.

Já Vanessa contou que conseguiu se agarrar ao colete de uma jovem que ela não conhecia e também acabou sendo jogada na área perto das pedras. Lá, ela viu pessoas na Ilha Porchat e começou a gritar desesperada pedindo socorro.

“Chegou um momento na água que ninguém conseguia ver ninguém. Estava lutando pela vida”, recordou ela, que disse que um homem a viu e acionou o resgate.

As duas jovens tinham lesões pelo corpo e receberam atendimento médico após serem resgatadas. Outras duas pessoas que sobreviveram também foram atendidas, sendo que a quinta se recusou a ser avaliada.

Duas mulheres seguem desaparecidas
Jovens contam como conseguiram a sobreviver a naufrágio de barco na 'Garganta do Diabo', em São Vicente, no litoral de SP (Reprodução/Redes sociais)

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