Luiz Teixeira da Silva Junior, biomédico e dono da clínica que emitiu o suposto prontuário de cocaína de Guilherme Boulos, candidato a prefeito da cidade de São Paulo, foi condenado por falsificação de diploma de medicina em 2023.
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O dono da clínica teria tentado usar documentos falsos para conseguir o registro profissional de médico pagando R$ 27 mil aos falsificadores, segundo o GLOBO.
Conforme uma denúncia do Ministério Público Federal (MPF), Luiz apresentou um diploma de graduação em Medicina e um ata de colação de graus falsos, certificados pela Fundação Educacional Serra dos Órgãos, ao Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul. Em seguida, a rede de ensino comunicou sobre ele nunca ter estado na instituição às autoridades.
O biomédico recebeu a condenação de 2 anos e quatro meses de reclusão, em regime semiaberto inicialmente. Segundo o GLOBO, a notificação foi confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que substituiu por uma pena restritiva de direitos.
Médico responsável por assinatura de laudo já morreu
O laudo suposto publicado por Pablo Marçal (PRTB), datado 19 de janeiro de 2021, nesta sexta-feira (4), apontando um suposto atendimento de Guilherme Boulos (PSOL) em uma clínica em surto psicótico em decorrência do uso da cocaína, conta com a assinatura de um médico que já morreu.
De acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM), José Roberto de Souza, médico responsável pela assinatura do documento, tem o cadastro médico inativo.
Conforme o suposto prontuário, Boulos apresentava um “quadro de surto psicótico grave, em delírio persecutório e ideias homicidas”, além de ter “apresentado período de confusão mental e episódio de agitação”, somado a um exame toxicológico indicando o uso de cocaína.
Em defesa, Boulos afirmou que o dono da clínica, Luiz Teixeira, é apoiador de Marçal e falsificou o receituário. Uma apuração do g1 também aponta que o emissor do laudo já foi condenado por falsificar diploma de curso de medicina e ata de colação de grau. Confira detalhes: