O governo britânico declarou esta segunda-feira que a soberania das Ilhas Malvinas, reconhecidas pela Argentina como Ilhas Malvinas, “não é negociável”, após anunciar a devolução do arquipélago de Chagos à República das Maurícias.
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A medida gerou expectativas na gestão de Javier Milei, que através da sua chanceler, Diana Mondino, aproveitou a ocasião para renovar a sua reivindicação, no entanto, o Reino Unido, através de um porta-voz do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, foi contundente sobre afirmam que a situação de outros territórios ultramarinos, como as Malvinas e Gibraltar, não está em discussão.
O retorno de Chagos
O Reino Unido anunciou na passada quinta-feira, 3 de outubro, que entregará às Maurícias o controle do arquipélago de Chagos, formado por 55 ilhotas no Oceano Índico, embora mantenha a base militar conjunta com os Estados Unidos na ilha de Diego Garcia. Este acordo foi o resultado de décadas de reivindicações das Maurícias, que desde a sua independência em 1968 solicitou a devolução do território, administrado pelo Reino Unido desde 1965.
Apesar da transferência, o Reino Unido manterá os direitos sobre Diego García por um período inicial de 99 anos, garantindo a continuidade da base militar, que tem sido fundamental nas operações estratégicas, especialmente nos conflitos no Iraque e no Afeganistão.
A ilha de Diego García, estrategicamente localizada entre a Europa, a Índia e a China, permanecerá sob controlo anglo-americano. A base militar nesta ilha tem tido grande importância geopolítica nas últimas décadas, especialmente nas guerras no Iraque e no Afeganistão, e espera-se que o seu papel estratégico continue nos próximos anos.