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Empresário Thiago Brennand consegue se livrar de condenação por estupro de massagista; entenda

Ele pegou oito anos de prisão por violentar mulher em 2022, mas defesa recorreu e Justiça de SP o absolveu

O empresário Thiago Brennand, que responde a processos de crimes sexuais, lesão corporal, tortura e cárcere privado, conseguiu se livrar de uma condenação. Ele tinha sido sentenciado a oito anos de prisão pelo estupro de uma massagista, ocorrido em 2022. Porém, a defesa dele recorreu e, em 2ª Instância, a Justiça revisou o caso e absolveu o réu, pois entendeu que não há provas do crime. Ainda cabe recurso.

A condenação do caso ocorreu em janeiro deste ano. Na ocasião, a vítima contou que foi violentada na mansão de Brennand, localizada em Porto Feliz, no interior paulista, após ser contratada para fazer sessões de massagem. A mulher relatou que, ao chegar na casa, viu várias armas e foi obrigada a ir a um quarto, quando foi estuprada.

Na sentença da 1ª Instância, a juíza Raisa Alcântara Cruvinel Schneidero, do Fórum de Porto Feliz, determinou os oito anos de prisão, inicialmente em regime fechado, e também que Brennand deveria indenizar a vítima por danos morais no valor de R$ 50 mil.

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Porém, segundo revelado pela TV Globo nesta sexta-feira (11), os desembargadores de uma câmara de revisão criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) atenderam a um pedido da defesa de Brennand para revisar a sentença do julgamento.

Por dois votos a um, os magistrados entenderam que não foram apresentadas provas do estupro e acataram a tese apresentada pelo empresário, de que a relação entre ele e a massagista foi consensual. Dessa forma, a sentença da primeira instância foi reformulada, absolvendo o réu.

Apesar disso, Brennand segue preso por ter sido condenado por outros crimes (veja mais detalhes abaixo). Ele permanece no ‘presídio dos famoso’ em Tremembé, no interior paulista.

A defesa do empresário e da massagista não foram encontradas para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.

Outras condenações

No total, Thiago Brennand soma três condenações, sendo duas pelo crime de estupro e uma por lesão corporal.

A primeira sentença saiu em outubro de 2023, quando ele pegou 10 anos e seis meses de prisão por estuprar uma norte-americana, em Porto Feliz, no interior paulista. Segundo a acusação, a vítima, que mora no Brasil e conheceu Brennand ao tentar comprar um cavalo, foi estuprada na mansão do empresário e forçada a fazer sexo anal sem consentimento. A violência sexual a levou a ter sangramentos por mais de duas semanas.

Em setembro passado, a Justiça analisou um recurso feito pela defesa e manteve a condenação. Porém, o tempo da pena foi reduzido, passando para 8 anos e 6 meses de reclusão.

Já em novembro de 2023, o empresário foi condenado pelas agressões cometidas contra a modelo Helena Gomes, em agosto de 2022, em uma academia de luxo em São Paulo. Ele pegou um ano e oito meses de prisão, em regime semiaberto, além de ter que indenizar a vítima em R$ 50 mil por danos morais.

Apesar da sentença definir o cumprimento da pena no regime semiaberto, no qual o detento pode sair para trabalhar e estudar e voltar para dormir no presídio, ele seguiu em regime fechado.

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Em setembro deste ano, o empresário pegou mais 10 anos e 6 meses de prisão, em regime fechado, por estuprar uma mulher e ainda ameaçar divulgar as imagens dos abusos na internet. Segundo a acusação, o crime ocorreu em 2016, em São Paulo. Ainda cabe recurso da decisão.

A vítima contou no processo que conheceu o empresário pelo Instagram e chegou a se encontrar com ele, quando mantiveram relações sexuais consensuais. Porém, com o passar do tempo, ele passou a agir com violência e, mesmo quando ela dizia que não queria, ele a obrigava a fazer sexo.

Assim, durante três semanas, ela foi estuprada várias vezes por Brennand e ainda era ameaçada, pois, caso não o atendesse, ele iria divulgar na internet as imagens que tinha gravado dos abusos. Com vergonha e medo de que a filha, que tinha 3 anos, soubesse dos vídeos, ela não denunciou o empresário.

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Porém, depois que ele foi acusado por crimes cometidos contra outras mulheres, ela resolveu procurar a polícia e relatou sobre a violência sofrida. A mulher disse que, por conta dos estupros, desenvolveu uma série de transtornos psiquiátricos e alimentares, sofrendo com perda de cabelo e também evitando se relacionar com outros homens.

Durante o julgamento, a defesa de Brennand negou o crime. Apesar disso, a Justiça o considerou culpado no caso.

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