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Ministro dá três dias para Enel resolver apagão em São Paulo

Ao final do prazo, só podem ocorrer “casos pontuais”, disse Alexandre Silveira, para quem a concessionária beirou a “burrice”

Agência Brasil
Alexandre Silveira: Enel beirou a "burrice" Agência Brasil

Três dias, a contar desta segunda-feira (14). Este foi o prazo dado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, à Enel para resolver o problema do apagão de São Paulo. Segundo ele, ao final do prazo só podem restar problemas muito pontuais. Ele ainda classificou de “burrice” a atitude da empresa e criticou duramente o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, candidato à reeleição.

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Em entrevista coletiva pela manhã, o ministro afirmou que “deixou muito claro” à distribuidora os erros que a empresa cometeu. “Ao contrário do que ela disse, que não tinha previsão de entrega dos serviços à população, eu disse que ela cometeu um grave erro de comunicação, grave erro de compromisso contratual com a sociedade de São Paulo, de não dar uma previsão objetiva”, comentou.

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Ministro Alexandre Silveira: ultimato Agência Brasil

“Agora (a Enel) tem que restabelecer nos próximos três dias a parte mais substancial a energia do povo de São Paulo”, disse. Até a manhã desta segunda, mais de 500 mil clientes seguiam sem energia na Grande São Paulo, segundo boletim da própria Enel.

Sobre a atuação para o restabelecimento, o número de funcionários disponíveis para a distribuidora, que era de cerca de 1,3 mil, agora é de 2,9 mil pessoas, segundo o ministro. Junto com os colaboradores, cedidos por um conjunto de transmissoras de energia, mais de 200 caminhões e 50 equipamentos estão à disposição da Enel em São Paulo.

“Acabei de fazer uma reunião que convoquei com todo setor de distribuição do Brasil. O problema de São Paulo, pela sua gravidade na vida das pessoas, naturalmente tem a responsabilidade pela distribuidora da capital e da Região Metropolitana”, ressaltou.

O ministro ainda criticou a Enel e ressaltou a necessidade de mais pessoas nas ruas para restabelecer o funcionamento de energia. “O problema é físico, tem que ter gente para poder estar lá. A Enel foi, no mínimo (…) faltou planejamento e beirou a burrice”, afirmou.

E completou: “Dela achar que ampliar e modernizar para diminuir gente, sem se preocupar com a questão urbanística, que ia resolver o problema”.

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O ministro também criticou o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), sobre sua atuação para a melhoria e prevenção de quedas de energia na cidade.

“O prefeito de São Paulo aprendeu rápido quando fez uma fake news que nós não tratamos da renovação da distribuição da Enel. A Enel vence seu contrato em 2028, ela tem até 2026 para se manifestar”, disse.

Silveira ainda afirmou: “na verdade, ainda dá tempo do prefeito se preocupar com a questão urbanística de São Paulo. Nós não trabalhamos com narrativas, trabalhamos com fatos. Mais de 50% dos eventos foram causados por árvores caindo em cima do sistema de média e baixa tensão em SP”.

Em uma agenda nesta segunda-feira, o prefeito Ricardo Nunes afirmou que “não existe absolutamente nenhuma falha da Prefeitura”, no apagão na cidade.

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