Dois possíveis atentados contra agentes da Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo (SAP) foram registrados ao longo do último final de semana. Os registros aconteceram após descoberta de um “salve geral” supostamente emitido pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), conforme informações do Portal Metrópoles. Apesar da fala de testemunhas, a SAP negou “qualquer ataque a seus agentes”.
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De acordo com a reportagem, a carta em questão foi apreendida com presos da Penitenciária de Parelheiros, localizada na Zona Sul de São Paulo. Outras unidades prisionais que não foram mencionadas na publicação também teriam localizado documentos similares, escritos à mão. Os “salves”, como são conhecidos, são constantemente monitorados pelo Grupo de Atenção Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo.
O documento em questão teria sido assinado pela “Sintonia Final” da facção, composta por líderes do alto escalão do PCC, no dia 17 de setembro, e dava o prazo de 30 dias para que os criminosos responsáveis pelos presos de pavilhões, também chamados de “jets”, levantassem os nomes de dois agentes penitenciários por unidade.
A identificação dos documentos colocou os agentes em alerta e de prontidão.
Supostos atentados
Um dos ataques registrados no final de semana ocorreu na Avenida Doutor Galvão Vidigal, perto do Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, na Zona Oeste da capital paulista. Segundo testemunhas, uma viatura foi incendiada após sofrer uma pane. “Uns caras chegaram hostilizando, o motorista saiu fora e colocaram fogo na viatura”, declarou uma fonte em sigilo.
O carro em questão transportava 18 presos do Fórum Criminal da Barra Funda ao CDP quando quebrou em frente a um portão de acesso à Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). Outra viatura teria realizado o transporte dos presos. Conforme a SAP, o veículo em questão teria pegado fogo durante as fortes chuvas que atingiram São Paulo no dia 11 de outubro.
Outro suposto ataque aconteceu na Rodovia Fernão Dias, sentido São Paulo. Um áudio mostra um agente pedindo por apoio após uma troca de tiros com “dois ladrões”. De acordo com apuração feita pelo Metrópoles, o agente preferiu não registrar o caso temendo ser perseguido.