Como era de se esperar, o apagão ocorrido na cidade de São Paulo desde sexta-feira monopolizou o primeiro bloco do debate entre os candidatos Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (Psol).
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O debate começou com a mesma pergunta aos dois candidatos sobre como resolver a questão dos problemas de energia em São Paulo. Boulos foi o primeiro a responder e disse que existem dois grandes responsáveis pelo apagão: a Enel, pela demora em resolver o problema, e o prefeito Ricardo Nunes, por não fazer a poda das árvores que caíram com a tempestade.
Nunes também partiu para o ataque contra a Enel e disse que foi ao Tribunal de Contas da União (TCU) e a Aneel pedir o fim da concessão, mas não teve apoio do governo federal.
Na segunda parte do primeiro bloco os dois candidatos tinham 12 minutos para usar como quisessem e o tema do apagão continuou sendo o foco de ataque dos dois candidatos.
Boulos centrou ataque no atraso na poda de árvores, um dos motivos, segundo ele, da falta de energia em vários bairros de São Paulo. “Eu fico impressionado com sua responsabilidade. O problema é seu, e não do Lula”.
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Nunes fez questão de ler o contrato da Enel para provar que a responsabilidade é, sim, do governo federal, e disse que fez três representações na Justiça para retirar a empresa de São Paulo. Sobre a poda de árvore, Nunes disse que dobrou os números do governo Haddad.
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Nunes cobrou várias vezes de Boulos o motivo dele, sendo deputado federal, não ter feito um projeto federal para ajudar a retirar a Enel de São Paulo.
Boulos levantou por várias vezes a questão da investigação da Polícia Federal sobre um cheque que Nunes teria recebido da máfia das creches. “Eu sou ficha limpa, Boulos, não tenho nada a esconder”, respondeu o atual prefeito.