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Pacientes perdem olho após cirurgia em mutirão da catarata

Ao menos 15 pacientes apresentaram sinais de infecção bacteriana após a operação realizada em 17 de setembro.

Ao menos 15 pacientes apresentaram sinais de infecção bacteriana após passarem por cirurgias de catarata em um mutirão realizado em Parelhas, no Rio Grande do Norte. De acordo com uma reportagem publicada pelo G1, 8 dos pacientes precisaram passar pelo procedimento de remoção do globo ocular afetado.

O mutirão aconteceu nos dias 27 e 28 de setembro na Maternidade Dr. Graciliano Lordão. Durante a ação 48 pessoas foram operadas, sendo 20 pacientes no primeiro dia e 28 no segundo. Os casos foram registrados em 15 pessoas que realizaram a operação no dia 27 de setembro.

Segundo a reportagem, os pacientes em questão apresentaram sintomas de endoftalmite, infecção causada pela bactéria Enterobacter Cloacae, informação que foi confirmada pela Secretaria de Saúde do município.

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Tiago Tibério dos Santos, secretário de Saúde do município, revelou que dos 15 pacientes afetados pela infecção, 8 precisaram remover o globo ocular, 4 passaram por uma nova cirurgia e 3 seguem em acompanhamento clínico. As complicações foram registradas apenas nos procedimentos realizados em setembro.

Os pacientes e representantes da empresa Oculare Oftalmologia Avançada LTDA, contratada pelo município para realizar o mutirão, devem ser ouvidos  nos próximos dias, uma vez que foi instaurado um inquérito civil público para apurar o caso.

O que diz a empresa

Conforme a reportagem, a empresa Oculare Oftalmologia Avançada afirmou que o mutirão foi conduzido por um oftalmologista experiente e que cumpriu os protocolos médicos de segurança.

Diante dos primeiros relatos de complicações a empresa afirmou ter tomado as providências necessárias para “prestar tratamento imediato”. “Os pacientes afetados estão recebendo toda a assistência médica, incluindo o tratamento com antibióticos, conforme os melhores protocolos oftalmológicos, bem como submissão à realização de vitrectomia nos casos indicados”.

Após a coleta de amostras biológicas, a Superintendência de Vigilância Sanitária (Suvisa) segue apurando o caso.

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