No dia em que termina o prazo estipulado no “salve geral” do Primeiro Comando da Capital (PCC), os agentes penitenciários afirmaram estarem se sentindo abandonados diante das medidas tomadas até o momento pelas autoridades. Em reportagem publicado pelo Metrópoles, o presidente do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional de São Paulo (Sifuspesp), Fábio Jabá afirmou temer novos ataques.
Em declaração ao portal, Jabá revelou que os agentes se sentem abandonados pelo governo do estado e reforçou que o desejo de todos é evitar que o ocorrido em 2006 se repita. Segundo o presidente do Sinfuspesp, a maioria dos agentes penais anda exposto a riscos gerados pela falta de amparo estatal.
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“Como não ficarem tensos os policiais penais, dos quais uma pequeníssima minoria conta com arma e colete a prova de balas para se proteger. Como a grande maioria fica num momento desse?”, questiona.
Pedido de ajuda
Conforme publicado pelo Metrópoles, o secretário da Administração Penitenciária, Marcelo Streifinger, se posicionou sobre os supostos ataques sofridos e negou que as ações sejam organizadas. Além disso, ele reforçou que os cuidados com os agentes são constantes e que todos devem estar em permanente alerta.
No entanto, ele não se posicionou sobre o suposto “salve geral” e sobre um documento encaminhado à Secretaria de Administração Penitenciária pelo Sinfuspesp, no qual o sindicato solicita que o governo disponibilize armas e coletes à prova de balas aos policiais penais habilitados, e um treinamento emergencial aos demais.
Policiais em alerta
Recentemente, uma denúncia anônima realizada pelo 181 colocou a Polícia Civil da Baixada Santista em estado de alerta para possíveis ataques do PCC em escolas, comércios e transporte público. Conforme a denúncia, a motivação para novos ataques seria a morte de um integrante da facção.
O comandante da Polícia Militar, Cássio Araújo de Freitas, também colocou as tropas em alerta como forma de resposta a ataques direcionados à bases militares no litoral do estado.