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“Salve do PCC” tem autoria questionada pela PM de São Paulo

Autoridades acreditam que o “documento” seja uma forma dos agentes reivindicarem o porte de arma institucional.

Base e viatura teriam sido alvos de ataques do PCC
Base e viatura teriam sido alvos de ataques do PCC (Reprodução / Secretaria de Segurança)

Uma reportagem publicada pelo Metrópoles revelou que os comandantes da Polícia Militar de São Paulo têm uma série de ressalvas quanto a autoria do “salve geral” atribuído ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Apesar de não descartar completamente a veracidade do manuscrito, os comandantes também consideram a possibilidade de que ele seja, na realidade, de autoria de pessoas conectadas aos sindicatos de agentes penitenciários.

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De acordo com a publicação, os comandantes acreditam que o texto possa ser um instrumento utilizado pelos agentes como forma de reforçar a reivindicação por melhores condições de trabalho e o porte de armas institucional. Alguns elementos da carta colocaram em dúvida a autoria do conteúdo assinado como “Sintonia Final”, cúpula do PCC.

No texto, é feito um pedido para que os criminosos responsáveis pelos pavilhões levantem informações sobre a identidade e localização de agentes penitenciários, bem como a existência de bloqueadores de sinal de celular nos pavilhões.

“Sentimento de abandono”

Em declaração realizada ao Metrópoles, o presidente do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional de São Paulo (Sifuspesp), Fábio Jabá afirmou temer novos ataques e reforçou que o sentimento dos agentes penitenciários diante da situação atual é de “completo abandono”.

Segundo Jabá, o grande temor dos agentes é de que uma nova onda de ataques, como as ocorridas em 2006, seja realizada pelos integrantes do Primeiro Comando da Capital. A tensão seria ainda maior uma vez que a minoria dos agentes penais contam com arma institucional e colete à prova de balas.

Policiais em alerta

Recentemente, uma denúncia anônima realizada pelo 181 colocou a Polícia Civil da Baixada Santista em estado de alerta para possíveis ataques do PCC em escolas, comércios e transporte público. Conforme a denúncia, a motivação para novos ataques seria a morte de um integrante da facção.

O comandante da Polícia Militar, Cássio Araújo de Freitas, também colocou as tropas em alerta como forma de resposta a ataques direcionados à bases militares no litoral do estado.

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