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Ataque ao prefeito de Taboão da Serra: veja o que se sabe até agora sobre o caso e o que falta esclarecer

Aprígio da Silva (Podemos) foi baleado na última sexta; ele segue internado em UTI, com quadro estável

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Aprígio da Silva (Podemos), prefeito de Taboão da Serra e candidato à reeleição, segue internado após ser baleado em um ataque (Reprodução/Redes Sociais)

O prefeito de Taboão da Serra, Aprígio da Silva (Podemos), candidato à reeleição na cidade da Grande São Paulo, que foi alvo de um ataque a tiros na última sexta-feira (18), segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Israelita Albert Einstein, na Zona Sul da Capital. O último boletim médico aponta que ele, que foi ferido na clavícula, tem quadro estável. As polícias Civil e Federal apuram o caso e não descartam e nem afirmam se a motivação foi um crime político.

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O ataque ocorreu quando Aprígio, que tem 72 anos, estava em um carro blindado voltando da visita de uma obra na Avenida Aprígio Bezerra da Silva, que leva o nome do pai dele. Um carro vermelho emparelhou com o do prefeito e pelo menos cinco tiros foram disparados, sendo que um deles acertou o político.

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra Aprígio baleado dentro veículo e, depois, sendo socorrido às pressas (assista abaixo). Desesperado, o motorista que estava com o prefeito disse que os criminosos queriam que ele parasse, mas ele continuou na direção. “Na hora que ele [Aprígio] foi atingido, ele se jogou no bando, foi um desespero e ele gritava que havia sido baleado”.

Aprígio foi primeiro levado até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Akira Tada e, depois, transferido para o Hospital Albert Einstein. Uma nota oficial divulgada nas redes sociais do prefeito, no sábado (19), aponta que ele permanece na UTI da unidade, com quadro estável.

“Seu estado de saúde ainda inspira cuidados, mas ele se encontra estabilizado na UTI, sob acompanhamento intensivo da equipe médica”, ressaltou o texto.

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Investigação

A Polícia Federal (PF) abriu um inquérito sobre o atentado contra o prefeito, sendo que agentes já estão colhendo informações sobre o crime. Paralelamente, a Polícia Civil está à procura de um suspeito de 33 anos, que tem ligação com um dos dois carros encontrados provavelmente envolvidos no atentado.

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O automóvel utilizado frequentemente pelo suspeito é um Fiat Siena, e a polícia acredita que o veículo foi o usado na fuga dos criminosos. O carro foi encontrado em uma residência em Osasco, na Grande São Paulo.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), a mulher que estava no local relatou que o carro pertence ao seu falecido marido e costuma ser utilizado seu filho. Assim, o automóvel foi apreendido e o homem passou a ser procurado pela polícia.

Outro veículo já havia sido encontrado incendiado em um trecho da Rodoanel Governador Mário Covas, também em Osasco. O Nissan Mach vermelho teria sido o carro de onde os tiros foram disparados contra o prefeito. Teriam sido pelo menos dez disparos de fuzil contra o carro oficial.

Crime político?

Por enquanto, o delegado seccional Hélio Bressan, de Taboão da Serra, não descarta nem confirma o atentado estar relacionado com crime político.

“A Polícia Civil, a bem da verdade, nunca descarta absolutamente nada, nós vamos apurar o fato, seja lá o que aconteceu, nós vamos dar essa resposta, mas lá para frente. Nesse instante, é muito difícil eu poder fazer essa afirmação”, disse o investigador ao G1.

O delegado disse ainda que os suspeitos que atiraram estavam em um carro vermelho e usavam fuzis. “Há uma evidência primária, vamos dizer assim, de que seria um tiro de fuzil. Mas agora vamos esperar, vamos contestar. O carro vai ser levado agora para perícia. A perícia técnica é extremamente competente, vai conseguir elucidar o que está acontecendo ali, e a gente tem que correr atrás e tentar pegar quem fez isso”, destacou ele.

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