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Ritual satânico: pela lei, mãe que degolou filho ficará com ficha limpa

Pelo Código de Processo Penal, morte da autora configura “extinção da punibilidade”

Com a ficha limpa. É assim que morreu Maria Rosália Gonçalves Mendes, de 26 anos, suspeita de degolar o filho de 6 anos, Miguel Ryan Mendes Alves, em um suposto ritual satânico.

Pelo crime registrado em 20 de setembro, Maria foi indiciada pela Polícia Civil da Paraíba por homicídio triplamente qualificado contra a criança e por tentativa de homicídio contra os policiais militares que foram até o local no dia do crime.

Mas como ela morreu na última quinta (17), de acordo com o Código de Processo Penal, o caso vai ser arquivado e haverá a “extinção da punibilidade”. As informações foram confirmadas pela delegada Luísa Correia, que era a responsável pelo caso.

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Ainda de acordo com a delegada, o inquérito policial foi encerrado e encaminhado à Justiça no dia 1º de outubro de 2024, 11 dias depois do crime.

No dia, a Polícia Militar, chamada a atender a ocorrência, encontrou a mulher sentada numa cadeira, com a cabeça do filho no colo. Ela teria usado uma faca para degolar a criança. Maria tentou atacar os policiais e foi atingida 14 vezes. Foi internada e morreu vitimada por uma infecção generalizada.

Corpo queimado

A população de Itambé, município pernambucano localizado a 50 km de João Pessoa, na Paraíba, ficou revoltada ao saber que Maria foi sepultada no cemitério local. Isso pelo fato da mulher ter matado o próprio filho, decapitado em um suposto ritual satânico. Assim, os moradores foram até a sepultura da mulher, a desenterraram e atearam fogo ao corpo.

A morte de Miguel ocorreu no último dia 20 de setembro, quando a Polícia Militar foi acionada por moradores do prédio em que Maria Rosália morava com o filho em João Pessoa. Segundo informações, os vizinhos se assustaram com gritos de socorro e batidas estranhas vindo do apartamento.

Ao chegarem no local, os policiais encontraram o que descreveram como sendo uma “cena horrorosa”. Além de diversas manchas de sangue espalhadas pelo chão, o corpo do menino foi encontrado decapitado na cozinha do apartamento. A mãe estava batendo em algo no chão e tentou atacar os policiais ao receber ordem de prisão.

Visivelmente transtornada, ela precisou ser contida com disparos feitos pelos policiais. Mesmo ferida, ela ainda tentou utilizar uma tesoura para tirar a própria vida, mas foi impedida pelos policiais e levada para o Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, onde faleceu na madrugada da última quinta-feira, 17 de outubro.

As autoridades não revelaram onde o corpo de Maria Rosália seria enterrado, mas logo a população de Itambé, em Pernambuco, que fica perto da divisa com a Paraíba, descobriu sobre o sepultamento na cidade. No sábado (19), um grupo não identificado foi até a cova, a desenterrou e depois ateou fogo aos restos mortais.

A Polícia Militar chegou a ser acionada, mas nenhum dos populares estava mais no local. Até o momento, nenhum deles foi identificado.

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Declarações para o filho

O comportamento de Maria Rosália com relação ao filho surpreendeu a todos os seus parentes e conhecidos, visto que ela costumava publicar uma série de declarações para o garoto por meio de suas redes sociais. Em determinada ocasião, ela publicou uma série de imagens se referindo ao menino como o “sorriso que me encanta todos os dias”.

O sepultamento do corpo de Miguel Ryan ocorreu na manhã do dia 21 de setembro, no Cemitério Campos Santos, na cidade de Pedras de Fogo, região metropolitana de João Pessoa.

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