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‘Maníaco do Parque’: pesquisadora diz que serial killer voltará a matar se for solto: “É mau, perverso”

Condenado a mais de 260 anos de prisão, Francisco de Assis Pereira poderá ir ao regime aberto em 2028

O Maníaco do Parque aterrorizou a cidade de São Paulo no final dos anos 90
Pesquisadora afirma que Francisco de Assis Pereira, o “Maníaco do Parque”, voltará a matar se for colocado em liberdade (Reprodução / Twitter)

O serial killer Francisco de Assis Pereira, o “Maníaco do Parque”, que foi condenado a mais de 260 anos de prisão por matar sete mulheres e estuprar outras nove, está cada dia mais perto de deixar a cadeia. Ele já cumpriu quase 30 anos de prisão e poderá ser solto em 2028. O tema gera preocupação e a jornalista Thais Nunes, responsável pela pesquisa investigativa de um documentário sobre o caso, é categórica ao afirmar que, em liberdade, o assassino voltará a matar.

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“Ele não é um preso comum. É mau, é perverso e não vai parar”, afirmou Thais, em entrevista ao site UOL. A jornalista pesquisou os crimes que chocaram a população nos anos 1990 e levantou materiais inéditos, como áudios dos depoimentos de Francisco, que irão integrar o documentário “Maníaco do Parque: a história não contada”, que estreia dia 1º de novembro no Prime Vídeo.

A pesquisadora afirma que o detento admite que não tem condições de voltar a viver em sociedade e que, ao longo do período na cadeia, não teve acompanhamento psicológico. “Não é aceitável e não podemos conceber isso. Ele não toma nenhum remédio controlado, não faz acompanhamento contínuo. Ninguém sabe como está sua mente”, afirma.

“Ele próprio disse para os psiquiatras que estava com indícios de canibalismo e que provavelmente iria evoluir para antropofagia, algo que já tinha começado. Se ele sair, não tenho a menor dúvida de que volta a matar”, disse a jornalista.

Quando foi julgado pela morte de sete mulheres, a pena do serial killer foi fixada em 268 anos de prisão, porém, como a condenação é antiga, vale o teto máximo de 30 anos de reclusão, conforme estabeleciam as leis brasileiras. Para os casos recentes, agora os condenados podem ficar até 40 anos na cadeia.

Dessa forma, Francisco, que atualmente está com 56 anos de idade e segue em um presídio no interior paulista, poderá ser beneficiado com a progressão para o regime aberto em 2028. Para obter a medida, no entanto, ele terá que ser aprovado em análises psicológicas feitas por especialistas.

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Relembre o caso

Francisco, que trabalhava como motoboy, escolhia suas vítimas e depois as atacava no Parque do Estado, localizado na Zona Sul da capital paulista, onde costumava passear de patins.

Entre os anos de 1997 e 1998, o criminoso atacou diversas mulheres, sempre as atraindo dizendo que era um “caçador de talentos” e que tinha uma oportunidade de campanha publicitária. O homem oferecia, inclusive, pagamento pelas fotografias e muitas das jovens acabaram sendo enganadas.

O Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) encontrou inicialmente os corpos de seis vítimas, sendo que todas apresentavam sinais de violência sexual e estavam nuas. Assim, havia a suspeita de que todos os casos tinham sido cometidos pela mesma pessoa.

A polícia enfrentou dificuldades para chegar até o suspeito, mas ele acabou sendo preso em 1998, depois que foi denunciado por um pescador na cidade de Itaqui, no sul do Rio Grande do Sul, perto da fronteira do Brasil com a Argentina.

Apesar de ser apontado como autor de dez mortes, Francisco foi condenado por sete, sendo que uma das vítimas não foi identificada. As demais foram: Patrícia Gonçalves Marinho, 24 anos; Selma Ferreira Queiroz, 18 anos; Raquel Mota Rodrigues, 23 anos; Isadora Fraenkel, 19 anos; Rosa Alves Neta, 21 anos; e Elizângela Francisco da Silva, 21 anos.

Filme e documentário sobre o caso deixaram o nome dele em evidência novamente
Francisco de Assis Pereira, o “Maníaco do Parque”, está preso há quase 30 anos e poderá ser solto em 2028 (Reprodução/YouTube)

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