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Acusados pela morte de chefões do PCC agiram “para resguardar a vida”, afirma defesa

Para a defesa dos presos acusados da morte de dois integrantes da liderança do PCC dentro de uma prisão, a atitude dos homens foi em “legítima defesa”.

Nefo e Rê eram do alto escalão do PCC.
Nefo e Rê eram do alto escalão do PCC. (Reprodução - Metrópoles.)

A defesa de dois presos acusados de serem os responsáveis pela morte de integrantes do alto escalão do Primeiro Comando da Capital, pediu que o julgamento seja anulado. As mortes, ocorridas em junho deste ano no Presídio de Presidente Venceslau, teriam ocorrido em “legítima defesa”, segundo os advogados dos presos acusados.

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Em declaração, os advogados de Luís Fernando Baron Versalle, conhecido como Barão, pedem que o cliente seja absolvido pela morte de Reginaldo Oliveira de Sousa, o Rê. A equipe de defesa alega que Barão agiu em “legítima defesa” ao desferir 36 facadas contra Rê e degolá-lo duas vezes.

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Segundo relato de Barão, proferido por meio de sua defesa, ele estava no pátio da unidade prisional no dia 17 de junho, quando acompanhou seu companheiro de cela, Jaime Paulino de Oliveira, o Japonês, até a barbearia da prisão, local no qual Japonês prestava serviços cortando o cabelo de outros internos. Uma vez na barbearia, ele e seu companheiro de cela foram ofendidos por Rê, que teria agredido Barão e “sacado um estilete”.

Os homens então teriam sem envolvido em uma intensa luta corporal, durante a qual Barão “golpeou Rê até que a ameaça a sua vida cessasse”. Na sequência ele se lavou, mas foi abordado por Janeferson Aparecido Mariano Gomes, o Nefo, que também estaria armado. Após a nova morte, Barão teria buscado pelos agentes da unidade e deixado com eles o objeto utilizado para atacar os homens durante o conflito.

O que alega a defesa de Japonês

Durante interrogatórios realizados no decorrer da investigação, Japonês teria revelado que vinha sofrendo ameaças de Nefo e Rê há algum tempo. A motivação seria sua saída do PCC, que gerou ameaças também à sua família.

Ele confirmou a versão de Barão e relatou que o canivete utilizado para ferir Rê era portado pelo criminoso morto, que foi desarmado durante a luta corporal. Por sua vez, Japonês teria utilizado um “espeto” chamado de bicho, o qual carregava como forma de se proteger das ameaças sofridas.

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O homem também teria sido abordado por Nefo e, nervoso com a situação anterior, desferiu golpes contra ele após o preso “chamar a população carcerária” para agredi-lo.

Quem eram os presos mortos

Nefo e Rê, como eram conhecidos, ocupavam um cargo de liderança na célula conhecida como “sintonia restrita”, parte da elite do PCC. A mesma célula foi envolvida no plano falho de atacar o senador Sergio Moro e sua família. Outro alvo do grupo era Lincoln Gakiya, promotor do Ministério Público de São Paulo.

Fonte: Metrópoles.

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