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Bolsonaro aparece na campanha de Nunes em São Paulo; Boulos vai de Geraldo Alckmin

Ex-presidente fez primeiro ato ao lado do atual prefeito e candidato; já o adversário do Psol contou com o vice de Lula e outras lideranças políticas em evento na Paulista

Reprodução
Atos de campanha contaram na terça com padrinhos políticos Reprodução

A cinco dias da eleição, finalmente Jair Bolsonaro (PL) deu as caras na campanha de Ricardo Nunes (MDB) à Prefeitura de São Paulo. Os dois passaram o dia juntos nesta terça-feira (22), mas foi o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) quem brilhou. Já Guilherme Boulos (Psol) percorreu a cidade com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

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Bolsonaro apareceu, mas foi tímido. Em um discurso de apenas dois minutos em uma churrascaria no Morumbi, não fez grandes elogios a seu apadrinhado, e justificou que a campanha é de Nunes, e não dele. Ainda afirmou que o melhor para São Paulo é a continuidade do emedebista no posto e desejou boa sorte a ele.

Questionado sobre o motivo de ter participado de agenda só na reta final da eleição, o ex-presidente citou agendas em várias capitais e que “o cara só pode fazer gol se alguém passar a bola” e “jogou no meio de campo.” Diz-se ainda feliz por “poder sentir-se útil”.

No almoço, além de Tarcísio, chamado de “querido irmão” e “grande parceiro” e a quem terá “eterna gratidão” pela atuação na campanha por Nunes, estiveram presentes cerca de 400 empresários e lideranças políticas, como o ex-presidente Michel Temer (MDB), o presidente nacional do partido, Baleia Rossi, o senador Rogério Marinho e o presidente do PSD, Gilberto Kassab

Do lado de fora churrascaria, integrantes de movimentos sociais protestaram contra Nunes e Bolsonaro com uma faixa dizendo “Fora Bolsonaro. São Paulo não quer você aqui”. Do lado de dentro, eram vendidos bonés com as cores da bandeira do Brasil e o nome de Bolsonaro estampado, que custavam R$ 50.

Depois do almoço, Bolsonaro e Nunes participaram do culto em uma igreja e terminaram o dia em uma pizzaria da capital.

Adversário

Já Boulos se encontrou com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) em um evento. Estavam presentes ainda o ministro Márcio França (PSB) e a sua vice, Marta Suplicy (PT) em um evento voltado para apoiadores e discussão de propostas no Teatro Gazeta, na Avenida Paulista.

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Em seu discurso, Alckmin lembrou que a candidata de seu partido, Tabata Amaral, “honrou São Paulo e fez belíssima campanha”, além de ter sido a primeira a declarar apoio a Boulos no segundo turno. “Estamos aqui para dizer, Boulos e Marta, contem conosco. No segundo turno, o melhor é Boulos. Ele tem tanta identidade com São Paulo que ‘Boulos’, em árabe, é ‘Paulo’. Quando Boulos pede voto, pede oportunidade de servir a quem mais precisa.”

“Este governo que está aí, em 2021 teve superávit. Ano passado fez déficit de mais de R$ 6 bilhões. Neste ano vai ser pior ainda. Os fins não justificam os meios. Quebrar o governo para ganhar eleição é subestimar a inteligência e a capacidade de julgamento das pessoas. Vamos eleger melhor, sob todos os aspectos. Ética, honradez, empenho cidade e vida pública. Defender São Paulo é defender a mudança”.

A campanha também tenta articular uma agenda final com o presidente Lula, o que não está confirmado. Os dois estiveram juntos em São Paulo no último fim de semana — fariam caminhadas juntos, mas, por causa da chuva, substituíram as agendas por uma live.

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