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Atirador que matou 3 pessoas no RS foi considerado apto a manusear armas de fogo

O laudo de aptidão para o manuseio de armas de fogo foi apresentado por Edson Fernando Crippa no ano de 2020.

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul confirmou que Edson Fernando Crippa, o atirador que matou 3 pessoas e feriu outras 9 em Novo Hamburgo, possuía o certificado de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), tendo apresentado laudo de aptidão psicológica para manuseio de arma de fogo.

Leia sobre o caso:

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De acordo com reportagem exibida no Jornal Nacional, mesmo com histórico de transtornos mentais o homem conseguiu o cerificado CAC no ano de 2020 após apresentar o laudo psicológico e demais documentos exigidos pela legislação para obtenção do certificado.

Ao todo, Edson feriu 12 pessoas durante a noite do dia 22 de outubro, sendo que seu pai, irmão e um policial militar morreram após serem baleados. Entre os demais feridos, dois policiais seguem internados em estado grave, enquanto a mãe e cunhada do atirador apresentam quadro clínico estável.

Ação do criminoso motiva “fiscalização rigorosa” da Polícia Federal

Diante do ocorrido no Rio Grande do Sul, o Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou que o caso é uma consequência da “proliferação indiscriminada de armas de fogo no Brasil”. Conforme publicação feita pela CNN Brasil, o ministro ainda reforçou que a Polícia Federal deverá “reexaminar” a emissão dos registros e reforçar a fiscalização dos CACs já emitidos.

A expectativa é que as mudanças aconteçam a partir de 31 de dezembro, quando a supervisão do armamento civil passará do Exército para a Polícia Federal (PF).

Lewandowski ainda reforçou que a fiscalização deverá ser ainda mais rigorosa, e afirmou que os CACs já emitidos serão reavaliados. “Vamos fazer uma triagem rigorosa para saber se a pessoa que se diz filiada a esses CACs tem antecedentes, se tem condições psicológicas e técnicas para portar uma arma’.

Atirador possuía quatro armas registradas

Durante a noite do dia 22 de outubro, uma equipe da Brigada Militar foi deslocada à rua Adolfo Jaeger, em Novo Hamburgo, para averiguar uma denúncia de maus-tratos e cárcere privado. No local, os agentes foram recebidos a tiros pelo homem de 45 anos, que estava dentro da residência com os pais idosos, a cunhada e seu irmão.

Com os disparos três pessoas morreram, sendo elas o pai e o irmão do atirador, e o policial militar Everton Kirsch Júnior, de 31 anos. A mãe e a cunhada do suspeito, que também foram baleadas, seguem hospitalizadas em estado grave. Três agentes foram atingidos por tiros de raspão, enquanto os demais feridos seguem aguardando cirurgia.

De acordo com os registros encontrados no Sistema de Consultas Integradas, o atirador, que era motorista de caminhão, tinha quatro armas registradas em seu nome, sendo elas:

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  • 1 pistola Taurus PT111G2 calibre 9 mm
  • 1 rifle calibre 22
  • 1 espingarda calibre 12
  • 1 pistola .380
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