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Entenda como o atirador do RS registrou armas após ser diagnosticado com esquizofrenia

Apesar de ter histórico de internação psiquiátrica, Edson Fernando Crippa obteve o CAC e tinha quatro armas registradas em seu nome.

Edson Fernando Crippa, de 45 anos, responsável por balear 12 pessoas
Edson Fernando Crippa, de 45 anos, responsável por balear 12 pessoas (Reprodução)

Apesar de ter histórico de internação psiquiátrica Edson Fernando Crippa, atirador que matou 3 pessoas e feriu outras 9 em Novo Hamburgo (RS), possuía o registro de quatro armas legalizadas em seu nome. Segundo informações previamente divulgadas, o atirador possui um laudo psicológico que o considerou apto ao porte de armas, obtendo o registro de CAC (colecionador, atirador desportivo e caçador).

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Leia sobre o caso:

Com a confirmação de tal informação os critérios para concessão de armas voltaram a ser debatidos em todo país visto que Crippa, internado ao menos quatro vezes sob o diagnóstico de esquizofrenia, obteve com sucesso o registro do armamento utilizado no ataque da última terça-feira (22).

Avaliação psicológica é requisito para ter porte de arma

Entre os diversos requisitos necessários para conseguir o porte de armas no Brasil, a avaliação psicológica é um dos principais. Por meio dela o candidato a obter o porte de armas deve apresentar um laudo de aptidão mental, desta forma, em teoria, uma pessoa diagnosticada com esquizofrenia não poderia ser considerada apta a obter o porte e registro de armas.

No entanto a avaliação acontece apenas no momento do pedido da licença e nas renovações realizadas a cada cinco anos. Segundo informações de uma especialista ao Metrópoles, as avaliações não contemplam um monitoramento contínuo após a concessão.

Desta forma, é possível que no momento do laudo a patologia apresentada por Edson estivesse sob controle, sem dar sinais que impedissem a concessão do laudo. No entanto, uma análise aprofundada deveria ser realizada e considerar o histórico de internações e surtos psiquiátricos.

Relembre o caso

Durante a noite do dia 22 de outubro, uma equipe da Brigada Militar foi deslocada à rua Adolfo Jaeger, em Novo Hamburgo, para averiguar uma denúncia de maus-tratos e cárcere privado. No local, os agentes foram recebidos a tiros pelo homem de 45 anos. Com os disparos três pessoas morreram e outras 9 ficaram feridas.

De acordo com os registros encontrados no Sistema de Consultas Integradas, o atirador tinha quatro armas registradas em seu nome, sendo elas:

  • 1 pistola Taurus PT111G2 calibre 9 mm
  • 1 rifle calibre 22
  • 1 espingarda calibre 12
  • 1 pistola .380

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