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Saiba quem era a mulher trans morta a facadas após passar dias sendo torturada, na Zona Norte de SP

Naira Neris, 27, sumiu e já foi achada sem vida com sinais de violência; suspeito foi identificado e é procurado

Ela sumiu e foi achada morta, com sinais de violência
Polícia Civil procura suspeito de matar Naira Victória Neris, de 27 anos, na Zona Norte de SP (Reprodução/Redes sociais)

A Polícia Civil investiga a morte de Naira Victória Neris, de 27 anos, que foi encontrada sem vida em um imóvel na Vila Gustavo, na Zona Norte de São Paulo. A vítima, que era uma mulher trans, morava em São Carlos, no interior paulista, e estava trabalhando na Capital. Porém, desapareceu e já foi encontrada morta e com sinais de violência. Um amigo disse que ela passou dias sofrendo tortura.

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“Ela foi torturada por vários dias . Quem a matou chamou um amigo para dispensar o corpo e essa pessoa se entregou na delegacia e contou o que aconteceu. A polícia já identificou o autor do crime, mas ele está foragido”, contou ao G1 Emerson Pavani, que é amigo da vítima e presidente da Associação da Parada da Diversidade São Carlos (ApoLGBT).

Naira fez o último contato com o amigo no dia 18, sendo que depois disso seu celular deixou de receber mensagens. No domingo (20), o dono de um imóvel procurou a Polícia Militar informando que um inquilino tinha confessado ter matado a jovem. Assim, os agentes foram até o endereço, onde encontraram Naira bastante machucada.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e os socorristas constataram o óbito. Uma faca foi encontrada ao lado do corpo da vítima e foi recolhida para a perícia.

O caso foi registrado como homicídio no 73º Distrito Policial do Jaçanã. Porém, segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), as investigações do caso são conduzidas pelo 39º DP. O suspeito pelo crime, que tem 50 anos, é procurado pelos agentes.

Após os exames necropsiais, o corpo de Naira foi levado para São Carlos, onde foi sepultado no Cemitério Nossa Senhora do Carmo, na quinta-feira (24).

Em nota, a ApoLGBT de São Carlos lamentou a morte da mulher trans, citando que ela foi “vítima do preconceito e intolerância que assolam nossa sociedade”. A entidade ressaltou que “é inaceitável que pessoas morram por quem são”.

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