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USP afasta professor que teria ameaçado alunas travestis do curso de medicina

O mesmo professor foi afastado de suas atividades no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto.

Professor foi punido com afastamento de 90 dias da Faculdade de Medicina.
Professor foi punido com afastamento de 90 dias da Faculdade de Medicina. (Reprodução / EPTV)

A Universidade de São Paulo (USP) confirmou o afastamento do professor Jyrson Guilherme Klamt de suas atividades na Faculdade de Medicina. Conforme reportagem do G1, Jyrson foi afastado pelo período de 90 dias após acusação de transfobia contra duas alunas travestis do campus de Ribeirão Preto.

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O afastamento foi realizado como parte da punição instituída ao professor após a conclusão da comissão processante instituída pela direção da Faculdade de Medicina. Além de ser afastado, ele deverá frequentar obrigatoriamente um curso de letramento em identidade de gênero e sexualidade, realizado pela comissão de inclusão e pertencimento da USP. O professor também foi afastado de suas atividades no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto.

Além de divulgar a punição aplicada ao professor, a Faculdade de Medicina divulgou uma nota por meio da qual reforça sua posição contra qualquer tipo de preconceito ou intolerância envolvendo religião, etnia e gênero.

Relembre o caso

Em novembro de 2023 as alunas Louise Rodrigues e Silva e Stella Branco, primeiras alunas travestis da história do curso de medicina, revelaram uma série de ofensas e ameaças feitas pelo professor enquanto estava em uma lanchonete do campus. Um dia antes das agressões a faculdade havia implementado o uso livre de banheiros no prédio, conforme a identificação de gênero.

Segundo Louise, o professor agiu com ironia e deboche sobre o assunto. “Ele emendou e perguntou para mim qual banheiro eu iria usar a partir de agora. Nesse momento eu devolvi perguntando qual banheiro ele achava que eu deveria utilizar. Ele não respondeu e voltou a falar o quão absurdo ele achava pessoas trans usarem o banheiro de acordo com o gênero que se identificam e que a faculdade já não era mais a mesma”.

Segundo as alunas, o professor ainda afirmou que “se elas utilizassem o banheiro em que a filha dele estivesse presente, elas sairiam de lá mortas”.

As estudantes também registraram um boletim de ocorrência contra o docente.

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