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Neurologista acredita que morte durante ressonância magnética foi uma "fatalidade"

Fábio Mocci Rodrigues Jardim, de 42 anos, morreu ao realizar o exame de ressonância magnética em uma clínica no litoral de São Paulo.

Fábio Mocci e a esposa, Sabrina.
Fábio Mocci e a esposa, Sabrina. (Reprodução)

A morte do empresário Fábio Mocci Rodrigues Jardim, de 42 anos, durante um exame de ressonância magnética realizado em uma clínica em Santos, no litoral de São Paulo, pode ter sido “uma fatalidade”. Em fala ao G1, o médico neurologista e professor adjunto da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), João Brainer Andrade, explicou a situação.

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Leia sobre o caso: Homem morre durante ressonância magnética realizada no litoral de São Paulo

Conforme a fala de Andrade, que não acompanha o caso e não atendeu o paciente, a ressonância magnética não favorece a ocorrência de infarto, o que pode fazer com que a morte de Fábio seja vista como uma fatalidade.

“O paciente pode ter se sentido mal e, por coincidência, ter tido o infarto dentro da ressonância”, relata o médico. Ele ainda reforça que o infarto também não tem relação com o uso do contraste em si. “O contraste pode causar uma insuficiência respiratória, dificuldade para respirar e pressão baixa, no contexto que a gente chama de choque anafilático, mas aí é diferente, é o choque da reação alérgica”.

Ainda de acordo com a fala do médico, o exame de ressonância magnética é um exame “inócuo”, que não é nocivo do ponto de vista de radiação. No entanto, ela pode ser um problema para pacientes que utilizam órtese, prótese, marca-passo ou metais que podem agir como um “grande imã” e serem deslocados ou aquecidos durante o exame. Em alguns casos o paciente pode apresentar reações alérgicas ao contraste utilizado durante o exame.

Relembre o caso de Fábio

Fábio Mocci Rodrigues Jardim, de 42 anos, morreu ao realizar um exame de ressonância magnética da cabeça na clínica Mult Imagem, em Santos, no litoral de São Paulo. Segundo sua esposa, Sabrina, uma médica da unidade revelou que o homem sofreu um infarto fulminante durante o procedimento.

Apesar da declaração da médica, o Serviço de Verificação de Óbito de Santos registrou o caso como “morte suspeita” e pediu por uma série de avaliações por parte do Instituto Médico Legal, o que pode levar até 90 dias.

Até o momento, a clínica em que ocorreu o exame não se pronunciou sobre o assunto. No entanto, a médica que atendeu Fábio na unidade de saúde revelou que o paciente tinha “histórico de hipertensão e obesidade”.

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