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Sem virada: Nunes supera Boulos e é de novo prefeito de São Paulo

Com 100% das urnas apuradas, Nunes marcou 59,35% e Boulos, 40,65%

A virada, tão sonhada por Guilherme Boulos (Psol), não aconteceu. Ricardo Nunes (MDB) confirmou o resultado das pesquisas e venceu as eleições a prefeito de São Paulo, sendo reeleito. Com 100% das urnas apuradas, o emedebista marcou 59,35% (3.393.110 votos). Boulos chegou a 40,65% (2.323.901 votos). Brancos foram 3,67% e nulos, 6,75%. Os válidos foram 89,58%.

É a segunda derrota de Boulos na disputa. Em 2020, ele perdeu, também no segundo turno, para o candidato à reeleição, Bruno Covas (PSDB), que morreu em 2021. Bruno tinha Nunes como vice.

O emedebista contou com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro, além de ter ao seu lado o governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

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Ele compõe uma coligação com 12 partidos, incluindo sua própria sigla, PL, PSD, Republicanos, Progressistas, Podemos, Solidariedade, PRD, Agir, Mobiliza, Avante e União Brasil. Seu vice é o Coronel Mello Araújo (PL).

Ambos votaram pela manhã, otimistas com o resultado. Nunes dizendo que seria a eleição “da ordem” e Boulos, “da virada”. Os dois estavam acompanhados pela família e por padrinhos políticos. Não foram registradas ocorrências graves na cidade.

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Salve

O fato do dia foi uma fala do governador Tarcísio. Ele disse, sem apresentar provas, durante entrevista, que um ‘salve’ do PCC dado dos presídios paulistas foi interceptado, orientando os membros da facção a votar em Boulos.

O candidato do Psol reagiu de maneira irritada, dizendo que a fala de Tarcísio é uma “grande mentira irresponsável”, e comparou o fato ao laudo falso apontando uso de drogas por Boulos, por Pablo Marçal, às vésperas do primeiro turno.

O Psol disse que vai entrar na Justiça contra Tarcísio e Nunes, pedindo a cassação do primeiro e a inelegibilidade do segundo. Segundo o secretário nacional de Justiça, a inteligência do governo federal não detectou nada parecido, e que nenhum estado reportou algo do gênero.

Fatos

Nem mesmo o apagão na cidade ofuscou a campanha de Nunes. Em 11 de outubro, uma tempestade com vendaval deixou 3,1 milhões de paulistanos sem luz e acirrou a disputa.

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Nunes foi cobrado pela falta de poda de árvores e de preparo da cidade para as mudanças climáticas, entre outros problemas. Seis dias depois, a situação ainda não havia sido totalmente resolvida e Nunes cancelou de última hora a participação em um dos debates para participar de uma reunião com Tarcísio.

Coube ao governador assumir a dianteira da gestão da crise, mobilizando órgãos e tirando o prefeito-candidato do foco.

Em seu programa de governo, Nunes indicou propostas como a criação de 200 salas de descompressão para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), o aumento do efetivo da Guarda Civil Municipal em horários e locais estratégicos, e o uso de inteligência artificial para identificar possíveis irregularidades e combater a corrupção.

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