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Homicídio, quadrilha e agressão: saiba por quais crimes palmeirenses que emboscaram cruzeirenses vão responder

Confronto na Rodovia Fernão Dias resultou na morte de José Victor Miranda e deixou outras 17 pessoas feridas

Os torcedores do Palmeiras, apontados como responsáveis pela emboscada contra dois ônibus de uma torcida organizada do Cruzeiro, na Rodovia Fernão Dias, no domingo (27), são procurados pela Polícia Civil. O confronto ocorrido em Mairiporã, na Grande São Paulo, resultou na morte do cruzeirense José Victor Miranda e deixou outras 17 pessoas feridas. Entre a lista de crimes pelos quais os envolvidos vão responder estão homicídio, incêndio, associação criminosa e lesão corporal.

Vários vídeos que circulam nas redes sociais mostram o confronto e são exatamente essas imagens que são analisadas pelos policiais, que buscam identificar os envolvidos. O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) também acompanha o caso e revelou que os torcedores integram a organizada Mancha Verde.

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Uma das hipóteses apuradas pela investigação seria a de que os palmeirenses queriam se vingar dos cruzeirenses, por conta de uma briga que ocorreu no dia 29 de setembro de 2022. Na ocasião, integrantes da Máfia Azul e da Mancha Verde entraram em confronto em uma rodovia em Carmópolis de Minas, no Centro-Oeste de Minas Gerais, quando quatro pessoas foram baleadas.

Apesar da suspeita, a polícia ainda pretende ouvir os envolvidos para esclarecer o caso. Até a manhã desta segunda-feira (28), nenhum dos torcedores tinha sido identificado.

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Relembre o caso

Dois ônibus levando torcedores do Cruzeiro para Minas Gerais foram abordados por um ônibus com membros da torcida organizada palmeirense Mancha Verde, que teriam monitorado e interceptado torcedores da organizada rival, nas primeiras horas de domingo.

Durante a ação, um dos ônibus que levava torcedores do cruzeiro foi incendiado, enquanto o outro teve os vidros quebrados. A via em questão ficou completamente bloqueada na pista sentido Belo Horizonte, na altura do km 65, em Mairiporã (SP).

Ao menos 17 torcedores foram feridos no confronto, sendo sete deles com traumatismo craniano e um baleado na região da barriga. João Victor Miranda, de 30 anos, teve o corpo carbonizado e não resistiu aos ferimentos. Informações indicam que ele era um dos líderes da organizada cruzeirense.

MP investiga ato de facção

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Segundo Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, procurador-geral de Justiça e chefe do MP-SP, é possível ter “firmes evidências” de que algumas torcidas organizadas funcionam como “facções”.

Comentando sobre esse confronto, ele afirmou que a situação “representa uma grave afronta à segurança pública e à convivência pacífica em nossa sociedade”. Após a afirmação, ele confirmou que o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deverá atuar no caso.

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