O pastor e engenheiro Antônio Lima dos Santos Neto, de 45 anos, detido suspeito pela morte de Luane Costa da Silva, de 27, em um motel de Santos, no litoral de São Paulo, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça. Segundo a polícia, ele disse em depoimento que acertou um programa com a vítima, mas, ao descobrir que ela era uma mulher trans, entrou em luta corporal com ela, que não resistiu.
Luane foi achada morta no motel, localizado na Avenida Rangel Pestana, na Vila Mathias, no último dia 22. Conforme o boletim de ocorrência, ela e o pastor passaram meia hora no local. O homem saiu do local e, quando um funcionário foi fazer a verificação do quarto, encontrou a vítima caída. O socorro foi acionado, mas ela já estava morta.
Ao ser detido, Antônio confirmou que acertou um programa com Luane no valor de R$ 100. Porém, quando eles estavam no motel, teve a ciência de que ela era uma mulher trans e desistiu. O homem disse que a vítima se sentiu “humilhada” e exigiu mais dinheiro, retendo a chave do quarto.
Ainda no depoimento, o pastor disse que os dois começaram a discutir e logo entraram em luta corporal. Foi quando ele pegou uma arma de choque e disparou contra a vítima, que caiu no chão. Ao perceber que ela “estava com o braço mole”, ele pegou a chave e foi embora do motel. Porém, na sequência, percebeu que tinha esquecido o celular.
Ele retornou ao estabelecimento, mas lá já encontrou um funcionário usando o aparelho. Lá, o homem foi contido até a chegada da Polícia Militar. Questionado sobre a arma de choque, ele disse que jogou o equipamento em um córrego.
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O pastor passou por uma audiência de custódia no último dia 23, quando teve a prisão em flagrante convertida em preventiva. A defesa dele não foi encontrada para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.
Luane era natural de Santo Antônio de Jesus, na Bahia, e tinha se mudado com o marido para Santos havia pouco tempo. O corpo dela foi levado para a cidade natal, onde foi sepultado na última sexta-feira (25).