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Maníaco do Parque tentou atacar duas mulheres dentro de presídio em São Paulo

Em declaração ao podcast “Surtadamente”, uma médica que foi atacada por Francisco de Assis Pereira dentro do sistema prisional contou detalhes do ataque.

A psiquiatra Hilda Morana foi atacada pelo Maníaco do Parque dentro da prisão.
A psiquiatra Hilda Morana foi atacada pelo Maníaco do Parque dentro da prisão. (Reprodução - O Globo)

A médica psiquiatra Hilda Morana chocou o público ao participar do podcast “Surtadamente”. Conforme publicação de Ullisses Campbell para O Globo, a mulher, de 69 anos, conta que foi atacada por Francisco de Assis Pereira, o Maníaco do Parque, enquanto o entrevistava como parte das pesquisas de seu doutorado. De acordo com a publicação, depois de preso em 1998, ele chegou a tentar atacar duas mulheres dentro da prisão.

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Segundo Hilda, o encontro com o Maníaco do Parque aconteceu no ano de 2005, dentro da penitenciária de Itaí,no interior de São Paulo, sendo que Francisco esteve preso na unidade entre os anos de 2001 e 2006, em uma ala composta somente por presos que cometeram crimes sexuais, e cujo as vítimas foram mulheres. Na ocasião, Hilda desenvolvia uma tese de doutorado sobre a capacidade de recuperação da mente dos psicopatas. Para tal, ela entrevistou e investigou diversos condenados que comprovadamente apresentam tal perfil.

Na ocasião em que esteve frente a frente com o Maníaco do Parque, Hilda conta que utilizava uma sala cedida pela penitenciária de Itaí, sendo que foi claramente orientada a não fechar a porta durante a entrevista com os presos devido a necessidade de vigia constante por parte de um policial penal. Após pouco tempo do início da entrevista, Hilda conta que Francisco começou a reclamar do barulho no local, e pediu para fechar a porta. Nesse momento, a psiquiatra ignorou os avisos da diretoria da prisão e decidiu atender ao pedido do detento.

Assim que fechou a porta, a médica foi surpreendida pelo homem que “pulou para cima dela e agarrou seu pescoço com as mãos”. O ataque foi seguido de um questionamento ameaçador: “E se eu mato a senhora agora”? Apesar de tudo, Hilda revela ter percebido que o homem não tinha a intenção de matá-la, e conseguiu facilmente se soltar. Para a médica, ele queria apenas “chamar a atenção”.

Esse foi apenas o primeiro, de cinco, encontros que a médica teve com o Maníaco do Parque, após os quais ela revela ter concluído que Francisco precisa de um “forte controle externo” para a contenção de seus impulsos. A psiquiatra ainda o considerou como um preso com “altíssimo grau de periculosidade”.

Outra tentativa de ataque

Hilda não foi a primeira mulher que o Maníaco do Parque tentou atacar depois de sua prisão. Dois anos antes ele tentou atacar outra mulher na mesma prisão, desta vez a vítima era Jussara Gomes Glashester, de 62 anos, com quem Francisco teve um relacionamento por trás das grades.

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Os dois começaram a se corresponder por cartas em 30 de novembro de 2002. Depois de algum tempo, Jussara passou a ajudar financeiramente a família de Francisco, sendo que em 2003 os dois oficializaram uma União Estável na expectativa de conseguirem visitas íntimas. Após passarem por um extenso processo de avaliação psicológica, as visitas foram negadas levando ao término do relacionamento entre os dois em outubro do mesmo ano.

Na ocasião, Francisco pediu para dar um “beijo de despedida” na namorada, mas tentou morder o pescoço da mulher quando ela encostou o rosto na grade do parlatório. Diante da tentativa de ataque, Jussara “saiu correndo do local”, finalizando de vez qualquer tipo de contato entre os dois.

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